terça-feira

Dois enigmas e dois paradoxos

Image Hosted by ImageShack.us Desde que me conheço, e já lá vão quase 40 anos, sempre me deixei absorver por dois grandes problemas: os ovnis e o destino ou a morada da morte. Quanto aos Ovnis já vi uns recortes de jornal, umas fotos manhosas, uns documentários na Tv e também uns testemunhos de uns amigos e de uns familiares. Não consta que estes fossem alcoólicos, aldrabões ou portadores duma mania compulsiva que os guiava para essas narrativas artificiais e ilusórias. Portanto, este enigma da ovniologia estava, à partida, mais ou menos resolvido. A morte é que é mais complicado. Por duas razões comesinhas: quem ainda cá está não consegue compreender o que está do outro lado do zenite e do horizonte, somos um pouco como aquelas moscas estúpidas ao enviar constantes cabeçadas para perpassar uma janela sem que se apercebam que têm o vidro de permeio. Vai daí, fazemos como as moscas, aventamos mais umas valentes cabeçadas. Parece um concurso de estupidez. No final, deve ganhar aquele que partiu a cabeça mais depressa. Quem já "partiu" ou é egoísta ou perdeu a vox, dado que a comunicação se interrompe com a terra de forma irreversível, também não regressa para dar um alô, enviar um fax, um mail, uma carta, o que fôr. Nada. É a escuridão absoluta. Resta-nos, pois, dois paradoxos e aqui a teoria disponível prevê que não pode prever. Brilhante!!! Supondo que um paradoxo é uma espécie de quase-verdade de pernas para o ar, apenas para chamar a atenção - deixo aqui dois desses sinais: 1) não compreendo como é que Sampaio foi PR, e depois menos compreendo ainda como é que ele o foi durante uma década. Como já nos referimos aqui a esse problema não nos atemos mais nele, é tempo perdido. Assim, vou perder tempo com uma outra quase-verdade: o prémio Nobel de Zaramago. O famoso autor da Jangada de Pedra, e o único prémio nobel português vivo. Porquê? Será porque a trad. sueca leva pontuação... Num livro que nos fala dum Portugal à deriva no mar, um pouco como naqueles séries do Espaço 1999 que eu via quando era puto - e me interrogava de como seria o mundo em 2000 - e agora me interpelo como seria o mundo de novo na década de 70. Enfim, não é bem sobre o "escritor" que procuro reflectir, mas sobre este paradoxo do tempo que passa, se bem que com ele continuamos a não compreender como é que foi possível, à semelhança da Presidência da República, que o mundo que supostamente pensa e sabe alguma coisa sobre algo, teve a alarvidade de nobilizar o sr. Zaramago - ainda por cima amigo e Fidel Castro - e que, para agravar mais o estado da arte, escreve sem dar conta que deixa a pontuação em casa, sem pontos, sem vírgulas, sem ideias - e as que teve - já foram regurjitadas na década de 80 por essa Europa literária. Em suma, qual é a moral da estória? Zaramago escreve mal e sem pontuação e é nobilizado e saca uns milhares de contos. Depois - tolhido pela soberba - renuncia ao seu País que lhe deu dinheiro e glória - mas vem cá para continuar a receber os royalties; nós quandos éramos putos e dávamos uns erritos à língua de Camões levávamos umas reguadas, umas canadas da índia e em casa ainda apanhávamos um castigo montados numas orelhas de burro que só interrompíamos para ver a Gabriela cravo e canela... É óbvio que quando hoje olho para trás - desconto estas duas notas de pé-de-página que sinalizaram dois meros acidentes de percurso à nação, mas ainda penso naqueles dois enigmas que por vezes até creio andam de mãos dadas. E se for verdade?! Se for verdade é uma gaita. Direi apenas que continuo com os meus dois enigmas e tentarei esquecer os outros dois desastres. Bem sei que para o homem, isto é impossível; mas, para Deus, todas as coisas são possíveis, ainda que pouco prováveis. Mas que dia...

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