O gás dos nossos problemas: O Movimento Cívico anti-botija..
A estória é simples e conta-se numa penada. Um habitante/consumidor da zona de Chelas encomenda uma botija de gás, pensando que é bem servido. Servido por aquelas beldades que lhe vendem o paraíso na terra através das lentes distorcidas e perversas do televisor. Ele, de boa fé, encomenda a botija ao fornecedor e monta-se na janela, e por lá fica à "coca" duas horas antes da hora agendada para a respectiva entrega. No fim é um velho pançudo, ainda mais velho do que ele, a tresandar a tabaco e a palitar os dentes - que lhe faz a entrega. Ele sente-se ludibriado e defraudado e agora vai levar a empresa a tribunal, e também já processou a televisão que, segundo diz, anda por aí a enganar os velhos de Lisboa e arredores. E o pior é que já se está a organizar um movimento cívico, com raízes em Alfama, Madragoa, Buraca, Brandoa, Campo Grande, Lapa (até aqui vejam só...), Bairro Alto, Martim Moniz, Socorro, Intendente, Anjos, Arroios e Alameda - e pára antes de chegar ao Areeiro, onde está a estátua de Sá Carneiro, de que Cavco nunca gostou. Suspeita-se que as pessoas descontentes com essas entregas de botija de gás - são oriundas de franjas sociológicas que integraram a candidatura rebelde de Manel Alegre e também de Mário Soares. Ainda não se sabe bem onde é que este movimento cívico vai parar... Mas desconfia-se que a depu ta da Helena Roseta também esteja por detrás deste movimento cívico anti-botija. É a cidadania que está em jogo, e com o gás não se brinca, dizem... Se assim for admitimos que já começou a produzir efeitos este pan-movimento cívico liderado, presumimos, por Alegre. Um milhão sempre é um milhão... É muito gás... E a coisa pode explodir a qualquer momento. A petrolífera e o "Sr. Gulbenkian" que se cuidem...
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