Estória com história... Dedicada ao dr. Soares
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- A viagem destinava-se a recuperar a confiança do Governo brasileiro, ainda magoado com os actos hostis do tempo do gonçalvismo, e assim obter investimentos nos vários domínios. O ambiente era quente, como se pode calcular, mas o dr. Soares não se dispensou de dar um espectáculo, que - décadas volvidas, revelam bem a sua maneira de ser e estar na vida.
- Irrompeu por entre a multidão, ante a sua demagogia parva, para tentar mostrar aos índigenas que era um verdadeiro estadista. E na ânsia de aumentar essa popularidade fácil, por entre gestos e gaffes, Soares resolveu entrar num bar e dizer: Vou aqui abraçar o Manel, meu patrício. Ao que o outro respondeu no sotaque respectivo - de que se chamava Pablo e era galego.
- Soares ficou desconcertado perante tamanha gaffe que cometera. Ora temos aqui insistentemente dito que esta candidatura era completamemte absurda, não passava duma pura "birra de velho mimado" - com o devido respeito que os velhos nos merecem a todos.
- Mas esta estória, de certo modo, revela o desconcerto, o carácter deslocado de Soares perante certas circunstâncias. Quer a resposta embaraçosa de Pablo, quer estes mais que previsíveis resultados eleitorais, traduzem a laser a conduta de Soares - obstinada e inapropriada. Tamanho é o fascínio pelo poder que, um dia, por volta da década de 70 - H. Albert Kissinger - tinha a noção que se tratava do maior afrodisíaco.
- No caso de Soares não funcionou, por isso lhe dedicamos aqui este post - que é também co-extensivo a todos aqueles perdedores - subjectivos e objectivos - das eleições presidenciais de Janeiro de 2006.
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