segunda-feira

Oráculo de Delfos à portuguesa

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Toda a gente sabe que o futuro é o que está para vir - de forma indeterminada e algo oculta e manhosa, como aqueles bois mansos que fazem parte das nossas vidas. O boi/touro na filosofia oriental representa um problema, um obstáculo que urge ultrapassar. E também todos sabemos que o dr. Soares já não tem futuro nenhum na política activa em Portugal, excepto na cabeça dele. Vem isto a propósito do fim de ano que se aproxima a passos largos e da necessidade de projectar no futuro próximo - leituras plausíveis sobre o tempo vindouro e os acontecimentos que ainda estão contidos - ou em gestação - dentro daquele tempo a haver. Acontecimentos esses que são indeterminados, pois não dispômos - como Deus - da faculdade de ler o tempo de forma instantânea e absoluta - como se fosse um simples fotograma; mas apenas o podemos ler de forma sucessiva. Logo, teremos de aguardar pelo futuro, e pelo futuro do futuro - que são os futuros que depois se tornarão presentes em nossas cabecinhas pequenas e vazias que para tudo precisam de uma cronometria para arrumar os eventos no espaço e no tempo que se sucede. Daí a importância do Oráculo de Delfos (à portuguesa) que é, de facto, o lugar da sentença, o sítio onde a política se lê e interpreta, o lugar dos símbolos e do simbólico. Sem esta dimensão jamais compreendemos a dimensão oculta que sempre habita os comportamentos políticos, sociais, económicos e de diversa natureza que compõem o tecido conjuntivo das sociedades modernas. Sem deciframos esse "núcleo do simbólico" não vamos a lado nenhum. Daí deriva a principal dimensão em que se desenrola a ciência, a filosofia e até a religião. E a política acaba por ser um sub-produto de tudo isso, que emerge de forma mitigada na conduta humana. A função do oráculo é, pois, a de desmontar esse simbólico que está por detrás de cada acto e gesto humano. Quer no plano individual ou colectivo, particular ou social. O oráculo - muito solicitado nas passagens de ano - representam as bolas de cristal da política; são o imaginário onde a mente humana vai buscar as imagens com que tece os factos do real. Daí a relevância do oráculo que aqui evocamos de modo comezinho e até um pouco provinciano. Nem de outra forma poderia ser, já que é essa a natureza dos candidatos presidenciais: o refugo do refugo; homens previsíveis; mais tolerados do que amados. Soares é o expoente desse refugo oraculizado com as décadas - que já devia estar a polir as esquinas das janelas da sua casa do Algarve - de pantufas e de ceroulas.., e não maçar mais os portugueses com a sua presença, as suas palavras, as suas estórias e muitas lérias - abundantes no caso de Soares. É assim a política lusa. Contudo, importa interpretar um conjunto de sinais causais e casuais que podem surpreender a natureza, as instituições - de forma orgânica e não orgânica - e, assim, disfuncionar toda a relaçaão do homem com o homem (por causa dos casamentos gays); do homem com a natureza por causa das ofensas vis à Natureza; da mulher com a mulher (por causa dos casamentos lésbicos) e o mais que hoje tece os costumes da Europa e do mundo - como se essa salganhada fossem as prioridades da nossa vida colectiva. Ora não são. Mas como temos de conviver com esses resíduos das democracias somos obrigados a respeitar todo o bicho careta, respeitar todas as diversidades e reconhecer estatuto especial a cada um desses cromos que fazem hoje as delícias das organizações gays em Portugal, que tem sede no BE - e expoente no deputado e economista Anacleto Louçã. Mas toda esta lenga-lenga não explica o que de mais entusiástico e espectacular irá suceder em Portugal já em Janeiro de 2006. Consultemos, pois, o oráculo e vejamos o que decorre dessa intelectualizada adivinhação. Sublinho que deixamos aqui uns breves sinais do que será o ano de 2006 sem recurso ao derramamento de óleos e fumos, nem à moléstia de aves nem ao lançamento de dardos - que sempre tiveram grande influência sobre as formas de oráculo posteriores, ou seja, sobre o futuro do futuro. Ao recorrer aqui a este oráculo porcuramos capturar esse imaginário que, doutro modo, ficaria oculto nas intenções manhosas dos agentes sociais e políticos. Ao trazer à luz esse defeito congénito do homem, procuramos desembaraçar-nos desse permanente vested interest que persegue o homem. Assim, deixamos aqui algumas certezas que povoarão os lugares do futuro na "política à portuguesa", como diria o arqº José A. Saraiva.
  • O sol volta-se a pôr amanhã mais ou menos à mesma hora
  • A hora de escurecer também não escapa muito à normalidade dos tempos
  • Soares será uma luz que apesar de já se encontrar fundida - dará um sinal de estouro definitivo
  • Cavaco irá comer bolo-rei para Belém - mas já com mais modos e menos perdigotos
  • Não haverá nenhum Tsunamy no Alentejo, dada a tradicional falta de água na região
  • Também não se instalará a monarquia - vigorará a democratura de pequenos oligarcas sob a capa da democracia
  • Jerónimo volta à sua vida normal - torneiro mecânico
  • Louçã reingressa na faculdade para se dedicar aos estudos de género e à promoção dos casamentos gays: deles e delas..
  • Alegre julga que é poeta e um dia sonhou que queria ser um poeta maior - quando acordou tinha os pulsos partidos resultantes da queda e da mentira que lhe contaram
  • O PIB decairá para níveis dos países da África oriental, especialmente do Corno d´África
  • Vitor Constâncio julga que sabe jogar xadrez mas será saneado do BP pelos porteiros da instituição e dos sindicatos bancários por ser cúmplice com as reformas douradas aos administradores
  • Sócrates mudará de nome para não mais ser confundido com o cargo de PM que hoje ocupa nem como a verdadeira sabedoria do filósofo grego
  • Descobre-se, entretanto, que o polvo da pedofilia se esconde no seio da PGR e num senhor de bigode, muito ronceiro e tíbio que por lá anda e só comete dislates
  • Paulo Pedroso tem imensos sósias em Lisboa, Elvas e arredores
  • Ferro Rodrigues foi para a OCDE e até parece que nunca conheceu Portugal
  • Catalina Pestana abrirá uma boutique em frente aos Jerónimos e fará concorrência a Ana Salazar - onde irá vender chicotes, luvas, vibradores e outros artefactos que fará inveja ao Marquês de Sade
  • Carlos Cruz já não apresenta mais programas de e para meninos nem ganha dinheiro com seguradoras
  • Jorge Sampaio é um enigma, depois de ter desaparecido do país durante uma década, onde terá andado?
  • Santana Lopes regressa à Figueira da Foz para organizar o campeonato internacional de ping-pong depois de ter passado 3 décadas a ensaiar ser PM
  • Durão Barroso irá à China receber duas medalhas: a de maior traidor; e a medalha Mao Tsé Tung pela maior cambalhota ideológica do séc. XX na transição para o III milénio
  • O meio milhão de desempregados diminuirá para metade, já que 2/3 da população emigra para Espanha e Brasil
  • A postituição do Leste e dos trópicos prolifera em Portugal e transforma-se em fonte de receita e pólo de turismo apetecido em todo o mundo - ombreando no género com a Tailândia
  • As estações do ano confundem-se dado o aumento da poluição - e o Verão passará a ter 6 meses - e com isso mais receitas do turismo virão para o rectângulo - cada vez mais deserto de portugueses de origem
  • A administração pública será reduzida a 20 mil pessoas - que irão todas trabalhar para o aeroporto da Ota e mostrar quão Portugal é um país hospitaleiro.
  • Os restantes serão pica-bilhetes do TGV.
Eis algumas tendências previstas pelo Oráculo de Carnaxide com janela aberta para o mundo. Sendo certo que estes avisos, ensinamentos, direcções e tendências não são apenas para os "Soares" da nossa praça. Dirigem-se também para os maluquinhos que à saída do Júlio de Matos passam a vida a transportar o Sol num carrinho-de-mão a fim de o deixarem em repouso nas sombras mais próximas. Em Delfos, quer dizer, a partir da janela aberta de Carnaxide - posicionada para o mundo - os vaticínios do oráculo encaminham-se no sentido do Self-fulfilling Prophecy, apesar de tudo isto ser um desastre com traidores, idosos/octogenários, incompetentes e outros torneiros mecânicos a brincar à política lusa - como se a sociedade fosse um laboratório e as pessoas fossem ratos de testes neste tubo de ensaio permanente que é hoje viver em Portugal. Não obstante tudo isso, é deste oráculo que se fazem as profecias sobre o futuro, mas também se tece o próprio futuro nesta futurocracia em que todos vivemos. Afinal, todos temos de antecipar e de "comprar" o futuro. Ai daqueles que nem uns pózinhos de devir conseguem obter... Afinal, quanto mais o homem se desenvolve, tanto mais futuro traz dentro de si. E é aí - daí a razão das professias deste oráculo de Delfos & Carnaxide (numa parceria inédita) que o homem se limita a viver no tempo não de forma amorfa, mas para o organizar, ganhando, desse modo, uma influência sobre aquilo que há-de vir. Se ele conseguir dominar o seu psiquismo, ele estará apto a elaborar e a multiplicar as suas profecias que tendem a sedimentar-se em resultado duma acção conjunta do simbólico com o imaginário; do mesmo modo que a acção do homem político decorre dessa conjunção do imaginário com o real a fim de compreender o macrocosmo. Se ele conseguir ter uma visão coerente desse macrocosmo está em condições para dar um sentido à vida. E transformar o próprio oráculo numa espécie de ministro múltiplo: da Educação, da Saúde, das Finanças e da Economia, do Ambiente e o mais que integra este nosso cosmos onde cada um de nós deverá estar ao serviço do mundo, de Deus. Se ele conseguir fazer isso jamais votará Soares - torna-se - pelo menos em parte - no artífice da sua própria felicidade e senhor do tempo e do destino, mesmo que não ande com relógio no pulso...
  • Gnosis - Círculo de investigação numa parceria Delfos & Carnaxide
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