segunda-feira

Reflexão post-natalícia. Tributo a M. Gandhi

  • Cada noite, ao adormecer, eu morro. E na manhã seguinte, ao acordar, renasço. -
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Image Hosted by ImageShack.us Podiam ser as suas sandálias; as minhas; as do "Pescador" (o Papa); as de meio mundo aqui há umas décadas em que ainda não havia classe média (hoje existe, mas está moribunda)... Só tinha o poder que derivava da confiança que obteve das pessoas que o seguiam. E nos momentos críticos da luta contra o Império de Sua Majestade - desencadeou a greve da fome que fez tremer o colonizador com a antevisão do levantamento geral - que a sua morte acabara por produzir - e que foi imediatamente atribuída à intransigência do Poder britânico. Foi o princípio do fim... Mas o que aqui procuramos significar com as sandálias decorre do carisma - que o colocou numa situação ultra-privilegiada de tirar a razão política ao RU - que então (antes de 1948 ainda mantinha o maior Império do mundo) - pelo simples facto de se mostrar decidido a morrer pela nobre causa que empreendeu com todas as suas forças físicas, anímicas e morais. E o mais curioso - é que doravante - todos os indianos - observando essa técnica da resistência passiva - seguiam essa via - imputando ao Império britânico o odioso em não querer ceder. Desde então essa mansidão na utilização do Poder - mesmo pela "nova esquerda" - nunca mais granjeou a mesma eficácia para obter a fidelidade da sociedade civil e, assim, promover a inoperância do aparelho do Poder, mesmo que se tratasse do (então) maior império do mundo - que caiu - como todos os homens. Imagine-se o que seria José Sócrates fazendo uma birra com as sandálias para assim ver aceite mais um imposto para pagar o "choque tecnológico" - que está deixando meio milhão de homens e mulheres electrocutados; imagine-se o que seria Mário Soares fazendo um número de circo (mais um, desta feita comendo Bolo-rei pior do que Cavaco - mais parece uma enfardadeira do Alentejo a enrolar pastos de feno..., só que agora na versão Campo de Ourique no bairro xique de Lisboa, onde os cães debitam mais cangalhõezinhos por m2) - para explicar à turba a razão por que deveria ser (re)eleito para Belém; imagine-se o que seriam Jerónimo e Louçã - observando a técnica da resistência passiva de Gandhi -: um fazendo greve de fome à porta da Lisnave com tenda montada na Auto-Europa; o outro amotinando-se no Trumps alí ao Príncipe Real com uma fila de consortes abanando a anca com uma mão à cintura e a outra segurando o lenço ao vento..- porque os casamentos dos homosexuais e das fufas lesbianas - ainda não foram aceites e sancianados pela lei. E assim vai Portugal, com a realidade sempre a surpreender a realidade e a marginalizar a ficção... De tal modo que até cheira mal... Quanto a Cavaco - nada há a dizer porque já sabemos a forma como come bolo-rei - agora ultrapassado nos modos por Soares... Só que agora a imprensa já não acha alarve ou de maus modos... Um come o bolo-rei à moda de Boliqueime e tem origens humildes; o outro - ainda mais alarve - como o bolo-rei à moda do Campo Grande e tem origens de burguês que nasceu em berço d'ouro - que nunca soube o que era trabalhar, e nem um advogado "razoável" conseguiu ser. E quando os advogados não conseguem ser ninguém enquanto tais - fazem exactamente aquilo que o velho Soares fez: marchar para a vida política e depois para o ensino. Ora isto explica, ou ajuda a explicar, por que razão um e outro sector estão como estão: decadentes, impreparados e moribundos. Razão tem Cavaco em não querer integrar essa classe de vígaros encartados que actualmente povoam as instituições nacionais... Agora e no passado. Bem poderiam morrer de fome - Sócrates, Soares, Jerónimo e Louçã - porque nestes casos - o exemplo de Gandhi de nada serviria... Omitimos aqui M. Alegre porque, como temos repetido, ele acha que Salazar ainda governa a Nação a partir da cama do hospital da CUF, e que ele - Alegre - se (re)vê ainda no papel de radialista resistente debitando propaganda via Argel.. A este nem a poesia o safa, e foi, depois de Santana Lopes, o maior bluff político desde o 25 de Abril. Todavia, o prémio "maior-traição" vai para Barroso, Durão Barroso - que parece estar em Bruxelas a servir de manga-de-alpaca das grandes potências que já o conhecem por José Manuel, só desconhecem é o seu passado de maoista.. Daí, e porque M. Gandhi foi uma das personalidades mais carismáticas e brilhantes do séc. XX e de toda a História - fica aqui este nosso pequeno registo e tributo natalício ao Homem e ao dirigente político - através das Sandálias... Talvez não fosse inútil que este Natal pudéssemos fazer uma reflexão sobre a Paz, a Solidariedade e a Fraternidade. Mahatma Gandhi dizia: Não há caminho para a paz. A paz é o caminho. Deus também afina pelo mesmo diapasão, seu filho - Jesus - também..., E a nós só nos resta lembrar que ainda existem sandálias e muitos pés que as calçam ou enfiam...
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