Uma caricatura a caminho de Belém. A partir do Caldas...

Será que é isto que ele quer dizer aos portugueses? Será que ele se refere a Belém e às presidenciais? Será que é uma mensagem para o líder do seu partido, o CDS - e a pedido de Telmo Correia - que ainda não eliminou o seu ressentimento por ter sido estrondosamente derrotado no último Congresso - por Ribeiro e Castro? Na verdade, não sabemos. Só sabemos que o Paulinho anda fugido, triste e zangado por nunca mais poder ser ministro nas próximas décadas. Ora isto não se faz...

Isto não é uma comparação, é uma ana-logia.

Ver Ribeiro e Castro do CDS a falar já começa a ser caricato. Um fastio. Além das suas declarações serem uma cópia das de Marques Mendes do PSD, o seu sentido do realismo político oferece uma evanescência que preocupa. Vejamos: de manhã Ribeiro e Castro repete o que Marques Mendes disse na véspera; à hora de almoço, o mesmo R. e Castro reproduz - com algumas mudanças de palavras - o que o líder do PSD disse de manhã; e à noite o responsável do Caldas amplia o que foi o pensamento matutino do locatário da São Caetano à Lapa.

Mas o mais caricato desta novela não é constatar que Ribeiro e Castro é um "papagaio político" que anda por aí a pelagiar declarações a fim de ajudar Marques Mendes a derrubar o engº Sócrates. O mais caricato são as declarações do presidente do CDS sobre o seu antigo presidente, Paulo Portas. Dizendo que este não é candidato a Belém nas próximas presidenciais. E se fosse, pergunto eu, não seria exactamente a mesma coisa??? Já agora, alguém viu o dr. Portas nos últimos meses? Especialmente, desde que o seu ministro Nobre Guedes viabilizou o negócio dos sobreiros no Ribatejo à sombra do governo mais pobre e caricato do pós-25 de Abril conduzido por Santana Lopes... Uma coisa chata que também envolveu o BES e que o jornal Expresso denunciou (juntamente com o Mensalão) - e que, às tantas, o Balsemão já se incompatbilizara com o Ricardo Salgado Espírito Santo. Enfim, uma maçada... Parece que as respectivas damas também deixaram de se falar. Que-eu-rorrrrrrrrr))))))

Ora o dr. Castro já deveria saber que não manda quem quer, mas quem pode. Isto faz-me lembrar aqueles artistas que têm o ego do tamanho duma ervilha e complexos do tamanho do mundo, mas não desistem de serem quererem ser grandes e poderosos, como os elefantesssssssssssss. E depois "infiltram-se" na maçonaria pensando que, assim, gozam de poder, força, autoridade e influência na sociedade. Sem sequer se aperceberem de que não passam de moços de recados que vão organizar organizar seminários, gerir símbolos, vender papeis, aventais e suspensórios e arranjar mercados para comprar vários artigos de decoração do lar e o mais que depois faz concorrência às lojas do AKIx e do IKEAx. A tal ponto que o Departamento de Compras de uma grande superfície comercial já está a pensar vender os artefactos maçónicos disponibilizados até ao momento só em certos locais. Destes pobres de espírito só há que nutrir um sentimento: pena, compaixão... Mas Ribeiro e Castro nada tem a ver com esta pobreza simbólico-projectiva. A pobreza dele é outra, e revela desconhecer estas verdades comezinhas, e vem afirmar à turba que o dr. P. Portas não é candidato a Belém. Aí, confesso, caí da cadeira e fiquei com um ataque de epilepsia... Já imaginaram o dr. Portas em Belém??? Eu não... Será que algum português de bom senso e com 2 cm de testa consegue vislumbrar o dr. Portas a abrir as portões do palácio Rosa??? Esta ingenuidade de R. e Castro fez-me lembrar uma anedota que se costumava contar para retratar uma certa mentalidade regional de alguns portugueses. Sem qualquer ofensa para os visados, naturalmente. São até pessoas bastantes hospitaleiras e educadas. A "estória" é simples e conta-se numa penada: havia um sujeito no Alentejo que uma bela manhã lia o jornal. No Alentejo também se lêem jornais.. E aí o leitor em questão confronta-se com um anúncio que solicitava o envio de currículos para a Transportadora Aérea Portuguesa (TAP) a fim desta recrutar Pilotos civis com experiência de vôo. Ele lê o anúncio até ao fim, medita um pouco e, um dia, resolve viajar até à Capital e apresentar-se ao departamento de Recursos Humanos da TAP - acompanhado do referido anúncio. Chega, diz ao que vai e é bem recebido pelo respectivo director encarregue desse recrutamento. Entretanto, começa a entrevista de selecção, e o Director pergunta-lhe pelo CV e pela sua experiência como piloto civil. - Ao que o leitor responde: eu só cá vim para dizer para não contarem comigo.. Já agora, alguém sabe do paradeiro do dr. Portas? Ou o que está fazendo??? Se calhar já está em Belém, e nós não sabemos...