Ir para o estrangeiro sem deixar Portugal...
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Habitualmente, quando representamos fazêmo-lo como se o palco não tivesse só três paredes, mas quatro; a quarta é onde se encontra o público, ou seja, o nosso modo de ganhar a vida. Pois o que fazemos é suscitar e manter a ideia de que aquilo que se passa no palco é um processo verdadeiro da vida, e lá naturalmente não há público. É como ir para o estrangeiro em lazer ou trabalho. Nunca deixamos de representar perante o desconhecido, contra a tal quarta parede que desconhecemos. Aí teremos que dizer para nós próprios: bolas, aqui - ante o desconhecido - tenho mesmo de representar e bem. Tenho de o fazer como se até eu acreditasse em mim próprio, como se não houvesse público. Talvez por isso eu admiro tanto aqueles homens que, a dado momento das suas vidas, têm ou aceitam o desafio de ir para outros países, conviver com outras sociedades, culturas, temperaturas e modos de ser para - assim - tornar a tal "quarta parede" transparente e regressar à pátria com a noção do dever cumprido. Em nome do futuro, é claro!!! Do futuro e de mais uns milhões que estarão à nossa espera... Mas sempre em nome do futuro - que em Portugal parece não existir...
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