segunda-feira

Um País... em cheio

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  • Hoje tive um dia em cheio. Pela manhã encontrei causalmente dois amigos que estavam a concluir o doutoramento no estrangeiro. Ambos regressam à pátria com uma certeza: o contrato termina dentro de um mês e nenhuma integração séria está à vista.À vista só mesmo o horizonte mas com pouco zenite..
  • À tarde, rente à noite, reencontrei um velho amigo do Sul. Ou melhor - do centro - mas com memórias do Sul - onde na década de 80 - percorremos esse trajecto verónico. Que se repetiu ao longo duma década. Então, viviam-se tempos de certeza. Duma certeza previsível.. Hoje, ao invés, a única previsibilidade tem um nome: o caos e a ciência que o estuda parece já ter nome - Caologia.
  • Hoje disse-me que a empresa estava a andar bem, mas que ia fechar. Um pouco como os noivos separados. O Estado é o principal devedor, e o fisco parece não querer esperar. É mais um encerramento engrossando a estatística do desemprego com mais 3 centenas d'almas perdidas.
  • Depois pensei que se o dia tivesse mais umas horas mais casos de "sucesso" encontraria para narrar o estado da arte em que o nosso Portugal se encontra. O Estado é um dos principais prevaridacores que gera entropia no meio empresarial. Só tem direitos, não tem deveres. Julgo que aquela imagem retrata fragmentos deste dia. Afinal, a polícia - para se sentir útil e dizer à humanidade que existe - tem de exercer o seu poder de medicina prescritiva - multando. Será que isto se passa em Portugal, ou é invenção de quem escreve!?
  • Seria esclarecedor entrevistar o polícia e o pescador de terra. Mas em celas compartimentadas, não fossem eles estar conluiados só para gerar esta "estória". A estória do absurdo do Portugal contemporâneo.
  • Será que ele tem colete verde?
  • De certo modo, lembrei-me daquela outra estória sobre a pobreza no mundo que contámos no culturanalise... na sequência do velho inquérito na ONU..