sexta-feira

Futuro do Turismo em Portugal - um Estudo de Ernâni Lopes

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  • Image Hosted by ImageShack.usO Sol do nosso Turismo; o Turismo do nosso Sol... Quem gira sobre o quê?!
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  • Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco
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Aquele homem - feito número - vai com pressa. Para algum lado vai, só não se sabe para onde, nem quando.
  • Há estudos que transportam consigo as sementes do futuro. O Prof. Ernâni Lopes, autor do Estudo sobre o Futuro do Turismo em Portugal, sistematiza um conjunto de propostas que estreitam a coordenação entre os sectores público e privado de modo a valorizar o chamado Turismo Sénior, de negócios e short breaks. Eis, no fundo, o que se propõe fazer: reinventar o turismo em Portugal. Ter só um magnífico Sol não chega. As praias sem segurança e com pouca qualidade ambiental, também não ajudam. Daí a utilidade e, ao mesmo tempo, a oportunidade deste Estudo da Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco/SaeR - dirigida pelo referido economista.
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  • Antes de atentarmos no estudo propriamente - impõe-se uma nota prévia relativamemte ao seu autor. Os economistas são bons a pensar sobre a eficiência dos sistemas económicos. Só que cada vez mais a eficiência tem de articular-se com a equidade. Ou seja, um sistema económico pode ser muito eficiente - mas as populações, as empresas e o conjunto das pessoas que vivem desse sector - não podem ser secundarizados. Eficiência sim - mas com justiça social. E aqui entra o Estado... Este levantamento pode contribuir para Portugal dar um salto económico, atraindo mais turistas e capitais que podem gerar riqueza; e, ao mesmo tempo, dar um salto psicológico - melhorando os níveis de expectativas e de confiança junto dos operadores económicos, dos empresários e das pessoas em geral. É curioso que esta dinâmica venha dos privados...
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  • Portanto, e como nota prévia, o estudo apresentado pela SaeR não deixa de ter essa virtualidade: economia + justiça. A China e a Federação Russa - segundo estimativas - irão crescer significativamente, ultrapassando a velha Europa em matéria de destino turístico. Os países do Mediterrâneo - Croácia, Eslovénia, Turquia continuam a atrair turistas. Com bom sol, praia e preços competitivos. Por outro lado, o Estudo refere que as pessoas também passarão a viajar mais, em resultado da mobilidade acrescida para todas as regiões do Globo.
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  • Haverá mais dinheiro e níveis de exigência também maiores na procura deste tipo de serviços de férias/lazer e negócios em férias. Portanto, estas novidades terão um impacto no turismo tradicional conduzindo, como defende a SaeR - à tal reinvenção da oferta de turismo nacional.
  • Neste contexto de mudança, Ernâni Lopes sistematizou - nada mais nada menos - que cerca de uma centena de medidas e sugestões sobre o que poderá ser feito neste sector económico em Portugal para os próximos anos. Sob pena de perda grave de competitividade para terceiros. Ou seja, perda de empregos e de potencial de atracção de capitais geradores de investimento, modernização e de riqueza para o país.
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  • Uma dessas sugestões para reinventar o Turismo em Portugal consiste na criação do ministério do Turismo - com ligação orgânica aos sectores conexos e, em particular, à área dos transportes aeroportuários. Depois, um um conjunto de medidas viradas para a promoção de RH e cooperação em todo esse cluster das pessoas e da formação - em vista ao desenvolvimento do turismo nacional - há muito adormecido.
  • Em rigor, o mérito do Estudo visa consciêncializar a sociedade para o posicionamento estratégico do turismo nacional, advertindo que Portugal deve sofisticar mais a sua oferta de lazer. Algo que não se esgota em sol & praia. Que é o velho modelo de Albufeira dos anos 80 e que hoje já está ultrapassado. Não só porque competimos com mais um sem número de destinos turísiticos, mas também porque a classe média mundial se diversificou e se sofisticou. Já para não falar na classe A - para quem o serviço tem de contemplar outras componentes.
  • Outra das ideias do Estudo da SaeR - reside na articulação que o turismo deve e pode fazer com outras áreas complementares de modo a gerar sinergias intressantes para os visitantes. Referimo-nos à introdução da cultura, do desporto, da saúde no pacote integrado do serviço de lazer. Que pode seduzir não apenas o turismo sénior, mas também aos mais novos. Assim, a economia e o poder aquisitivo das pessoas o permitam. Segundo estimativa da SaeR - em 2025 existirão cerca de 35% de turistas com mais de 55 anos (os tais séniores), contra 26% em 2000.
  • Segundo previsões da OMT, Portugal deverá receber cerca de 16 milhões de turistas em 2020, registando uma média anual de crescimento na casa dos 2,1%. O problema é que esta velocidade de crescimento cresce muito abaixo da média Europeia: 6% na Eslovénia; 5,5% na Turquia, 8,4% na Croácia. No fundo, será uma "guerra" pela conquista do turismo dos países do Mediterrâneo. São as novas guerras económicas...
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  • A este propósito e quem se interessa por este tipo de actividades e previsões, conviria estar atento às observações de sociólogos, de futuristas - como Alvin Toffler - e outros que procuram equacionar o futuro no presente e daí tirar algumas conclusões para começar a actuar desde já. E foi a pensar nessa necessidade de planeamento que a SaeR deu o pontapé de saída, alertando para a contínua fragmentação dos estilos de vida tradicionais que acabam por interferir com os actuais padrões de serviços de lazer oferecidos pelo Turismo nacional.
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  • Mas sem a emergência de empresas de transportes que pratiquem preços competitivos - e com uma maior aproximação às infra-estruturas aeroportuárias - tudo fica comprometido. Daí Ernâni Lopes ter defendido uma agressiva estratégia de captação de operadores low cost carriers em ordem a assegurar uma adequada localização e operacionalidade de todas as operações subjacentes a esta actividade. E depois, num golpe de visão, deixou um recado: que é o de considerar o principal hub (eixo) da Europa de ligações com o mundo lusófono, ou seja, os Países lusófonos e, em especial, o Brasil.
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  • O estudo da SaeR sistematiza ainda um conjunto de medidas complementares conducentes à estratégia de recriação do turismo nacional. Medidas que passam por programas integrados envolvendo segmentos, agentes, regiões turísticas; a criação do Ministério do Turismo (dotado de uma AgênciaNacional do Turismo (ANT); articulação com a saúde, segurança, ambiente, desporto; criar Agências Regionais; envolver a Banca neste desafio; orientar o cluster para o turismo senior em função das alterações demográficas e dos perfis socio-económicos das populações mundiais; criar o tal hub da Europa para os países CPLP e Brasil; dinamizar o turismo de natureza e religioso; uma indústria de conteúdos dinamizada pela ANT; certificação de qualidade do Turismo entre outras medidas.
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  • Seja como fôr, a oportunidade do estudo da SaeR não poderia ter sido melhor. E o seu impacto da na sociedade e na política foram totais. Talvez porque todos, no nosso íntimo, concordássemos com as premissas do estudo e com as conclusões a que ele chegou. É caso para se dizer - que o referido Levantamento parece revelar gradualmente os seus segredos aos olhos do previsor.
  • Todavia, não deixa de ser triste, senão mesmo dramático para milhões de europeus, que a massa cinzenta que elabora este tipo de estudos o tenha de fazer sobre estas (e não) outras circunstâncias sociais e económicas. Os jovens hoje já nascem reformados. O desemprego em massa e o aumento do envelhecimento das populações tende a aumentar o gap entre esses jovens fósseis perdidos no tempo. Mas não fora dele.
  • O caos está por todo o lado, especialmente na economia. Ora, são estes "novos exploradores do caos" que começam a reflectir sobre a genealogia - não duma nova ciência da política e da economia - mas de um Portugal que foi mal procurado. E agora sugerem este efeito Borboleta - ou melhor - estes dados oferecidos pelo Estudo da SaeR - que representam a chamada dependência sensível das condições iniciais - para revelar que pode valer a pena acordar o "monstro" que está adormecido na Geografia, no CLima e até na própria História de Portugal. E é curioso como é que aqueles três elementos em África funcionam ao contrário, paralisando a economia, as pessoas e as instituições.
  • A ideia que nos fica - após leitura deste Levantamento (prospectivo) é a de que aquele efeito de Borboleta - enquadrado pela caologia emergente - embora não sendo uma teoria nova constitui, agora, uma novel formulação porque ocorre em contexto de globalização competitiva, ou seja, marcado por uma envolvente cujos efeitos sociais são mais complexos, porque são interiores a cada sociedade. Onde cada projecto nacional estabelece diferenciações baseadas nas capacidades competitivas das populações que variam em função do conhecimento, da flexibilidade, da polivalência e, por todos, da capacidade de realização dos objectivos estratégicos - elencados pela SaeR - por convergência de esforços (públicos e privados). Ora, também no futuro do Turismo global se estabeçece, diferenciações entre as pessoas - que giram em torno dos incluídos - promotores da mobilidade e adeptos de um consumo mais sofisticado e abrangente de produtos de lazer que ajudam a viabilidade das economias - ; e os excluídos (os júniores não referidos pelo estudo) considerados factores de inviabilidade das economias. Mas que, no entanto, coexistem nos mesmos espaços, nos mesmos territórios nacionais (e até virtuais), por vezes até sob a mesma orientação política.
  • É precisamente esta hierarquização emergente na esfera do Turismo global que marca a mundialização do nosso tempo, balizando também as divisões sociais - que coexistem nos mesmos pontos, como se existissem turistas incluídos e os turistas excluídos - ou seja, os nómadas e os sedentários - e ambos formassem agora um grande arranha-céus - mas em que aqueles habitam apartamentos de luxo, estes - os sedentários - têm apenas direito aos apartamentos mais modestos, sem sequer poder utilizar o elevador e a piscina do edifício.
  • Em suma: o impacto deste estudo foi tal que o Presidente da República já garantiu que, até ao fim do ano, e antes de terminar o seu mandato, fará uma presidência aberta para o turismo. O que é de louvar, sendo certo que a saúde da economia portuguesa agradece.
  • Que horas serão no sector do Turismo em Portugal? Qual será a velocidade dos ponteiros?
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  • O governo fez-se representar na iniciativa e o Presidente da República mandou dizer que já está em gestação uma presidência aberta para o turismo. Não é isto admirável!? Eles ora andam ora se sentam. Mas estão sempre a pensar... Olhando para a sua disposição (supra e infra) só podemos acreditar que será um sucesso. Aceitam-se apostas...até 2010
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  • Só falta a mesa, as cartas e o dominó...