sábado

Ainda Fernando Pessoa

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  • Vai um traçadinho, mas cheio porque tenho muito poema em gestação e abundante prosa para verter... Vivam as uvas. As uvas do Douro, porque as de cá só dão vinhaça a martelo...
Image Hosted by ImageShack.us Ruisinho:
  • Afinal só nos separam 2 anos, lá para 2007, quando o desemprego estiver a 2, 3% e a economia a crescer muito acima da inflação, damos início às obras do TGV. Rui, se as tuas previsões estiverem certas passo-me já para o teu lado e se for preciso alinho em abaixo assinados e desfiles na Av. da Liberdade reivindicando: “ TGV só em 2007”.
  • Pois, 2 a 3% no desemprego nem sequer sei se virá a ser coisa para o meu tempo e eu não espero morrer dentro em breve. Quanto a crescimentos da economia de 5 ou 6%, ou seja, muito acima do valor da inflação, também deve acontecer na mesma altura porque são valores que funcionam na mesma ordem mas em sentidos opostos.
  • Resumindo, como sou muito mais pessimista que tu, dentro de uns anos, os passageiros e as mercadorias que circulem de comboio, quando chegarem à fronteira, apeiam-se todos porque, julgo eu, as linhas dos TGVs devem ser diferentes das outras e os espanhóis, por essa altura, já têm, com certeza, tudo modernizado. Se assim for, não tenho a certeza, mas tem a sua lógica, eu vou corar de vergonha e garanto, desde já, que a tal viagem de comboio que gostaria de fazer a Madrid e que só ainda fiz porque ocorre de noite, o que não tem graça nenhuma, então nunca a farei.
  • Quanto aos estádios de futebol, foi realmente “um dor d'alma”. Até o meu coração se me apertou. É daqueles desvarios colectivos que só podem ocorrer em momentos especiais. Tínhamos ganho, em competição cerrada com outros países, o direito a montar o espectáculo do Euro 2004 e esse facto subiu-nos à cabeça, transtornou-nos, porque acho que quase todo o país foi cúmplice nessa história… houve demasiados silenciamentos ou, pelo menos não se registou um protesto com a dimensão devida. Depois de se ter decidido fazer dois estádios em Lisboa, não houve força nem coragem para não semear mais por todo o país perante as reivindicações dos autarcas e das chamadas forças vivas dessas cidades. Enfim, agora, com muitos deles nem sabem o que fazer…
  • Li, no Macroscópio o teu texto intitulado “Agostinho, Pessoa e o inexplicável”. Reparei no recado… mas depois fiquei a pensar no Pessoa do qual, por omissão, fui vítima. Na verdade, é imperdoável que não mo tivessem dado e à minha geração, a ler no liceu. Mas enfim, era um regime reaccionário, inimigo da inteligência que liberta e liberdade era coisa que não podia conviver com o Salazar e seus acólitos. No contexto político em que viveu é pois, compreensível, que até para ganhar a vida tivesse que trabalhar como um simples empregado de escritório. Mas mais grave foi ter sido ostracisado pelos intelectuais da época, como tu nos contas, pelo testemunho do Agostinho da Silva.
  • E dei comigo a perguntar se ele, Fernando Pessoa, teve consciência disso, se ficou ressentido, queixoso, revoltado. Ser ignorado pelo regime era uma honra o qual, de resto, também não o devia compreender muito para alem da sua tendência de exagerar no café e no bagaço mais neste do que naquele. Que se terá passado, será que não deram por ele?. Ou ele não se deu a mostrar? Fica a interrogação.
  • Amanhã de madrugada “bou” ao norte e venho no Domingo à noite depois de subir o rio Douro de barco e almoçar não sei aonde e dormir ainda não sei em que terra. Importante vai ser conhecer o rio e as encostas dos montes por onde ele se estira. Era algo que no meu país gostava de conhecer.
Xau, vou jogar ténis Tio Quim Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us
  • À saída do Martinho da Arcada...já de passo acelerado, e com muito poema para burilar... Parece, contudo, que já vai atravessado, espero que não atropele nenhum eléctrico.. Na altura não sei se eram amarelos... Mas com a bezana, as cores já pouco importam, as matizes é que contam na paleta das cores das emoções vertidas no papel onde escolhemos a nossa Assembleia de heterónimos. Conhecido ou desprezado, o que importa é que ficou na história por direito próprio, e o resto são pequenas invejas e pequenas deformações congénitas que hoje também fazem carreira entre nós. De facto, o homem não muda.
Meu bom Tio,
  • Pertinazes são as tuas observações, as usually. Mas concluis sempre com o ténis, desconfio que o fazes só para me chatear... Bom, seria gratificante que me dissesses um dia que irias fazer uma jogatana com o Pessoa. Aí poderías convidar-me para fazermos o inquérito ao Homem. Podíamos começar assim: afinal, qual parte do dia é que o senhor estava lúcido..., ou será que estava todo o dia como o V.P.Valente... Seja como for, defendes até à medula a introdução do TGV e do aeroporto da OTA - comboio e avião - e agora vais cruzar as águas do Douro... de barco, presumo. Não te percebo! Ou vais lá comprar boa pomada!!?? Se puderes traz-me uns cachos em estado líquido...
  • Tens aqui um pequeno bote para a travessia... Uma espécie de TGV dos mares, percebes...
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