quinta-feira

Elefantes e Sobreiros..

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Não sei bem se a coisa é um sobreiro. Mas se for, será um sobreiro mirrado, à espera de companhia (das Lezírias..)
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Ruisinho:
  • Visitei o Macroscópio porque esta noite fiquei a pensar na Sociedade Tecnoberg e na possibilidade de estabelecer uma presumível analogia com uma situação, tão velha como a própria humanidade, e que consiste em saber que meios utilizar para liderar, primeiro o vizinho, na disputa pelo acesso à àgua, aos territórios de caça e depois por aí fora - até ao domínio e controle da sociedade e do mundo.
  • Mas quando lá cheguei já lá estavam os sobreiros à minha espera. Eu já sabia da coisa pela SIC e pelos jornais que tinha consultado na Net e, portanto, o tecnoberg fica adiado.
  • Tu disseste tudo quanto havia a dizer e só lamento que o jornal de maior tiragem em Portugal não reproduza na íntegra, em artigo de 1ª página, tudo quanto escreveste. Não vou pois acrescentar mais nada para não te repetir, mas ocorreu–me uma pequena história do meu passado africano:
  • No Alto Zambeze, em Angola, nas chamadas terras do fim do mundo, num belo dia do ano de 1964, saí para o mato, com mais uns tantos, armado com toda a artilharia, para matar elefantes. Andámos horas e horas, quase que cheirávamos a manada que seguia à nossa frente mas não a conseguíamos apanhar. Finalmente, eles diminuíram a velocidade da marcha, detendo-se para comer, e eis o momento mágico, lá estavam eles enormes, imponentes, autênticos monumentos mas, ao mesmo tempo, vulneráveis, indefesos, à mercê das balas assassinas.
  • Felizmente eu liderava o grupo e era a 1ª vez que via elefantes selvagens no seu ambiente natural. Todos os animais nos devem merecer o mesmo respeito mas se alguma vez vieres a estar com um elefante à tua vista no seu ambiente natural, perceberás que não é assim. Ele “esmága-nos” com a sua corpulência, é o senhor da paisagem e o nosso olhar é reverencial como se ele fosse um monumento, uma igreja, um castelo, um palácio.
  • Por favor, manda dizer a esses senhores, com letra minúscula, que OS NOSSOS SOBREIROS DAS NOSSAS PLANÍCES ALENTEJANAS são OS ELEFANTES DA SAVANA AFRICANA só que mais indefesos porque não podem “carregar sobre os seu assassinos".
Image Hosted by ImageShack.us Meu Bom Tio Quim, Como vais.. As tuas observações são sempre alimento para alma. Agora percebo donde te vem tanta memória, é dos elefantes, desses paquidermes que têm - pela dimensão - alguma analogia com os sobreiros. Mas é um exagero agendares as minhas diatribes para a 1ª página do Expresso, no entanto vou tentar falar ao Arqº José A. Saraiva para que me conceda uma reunião e ver o que conseguimos foto-montar. Seria já muito interessante meter lá parte duma orelha de elefante, ou um dente, se possível ainda por talhar.. Depois remetes-me para um tempo em que ainda não tinha nascido. Pois como sabes só vi luz luz do dia em 1966, dois anos depois de andares aí por essas savanas, de espingarda na mão - armado em "Tarzan" - a querer matar "alifantes" - antes que eles Vos matassem a vocês. Bom, como vejo que tratas os elefantes por "tu" - e os respeitas mais do que uma ida à missa aos domingos, coisa que nunca fizeste, salvo quando te casaste, também aqui te quero dizer que gosto muito da árvore que é o sobreiro. É imponente, faz boa sombra - indispensável para a malta que trabalha que se farta no Alentejo, como sabes. Depois dá boa cortiça, necessária para rolhar as garrafas de bom vinho tinto, verde e branco que vamos produzindo por esse Portugal profundo. E sem as rolhas o vinho evapora-se. Aliás, ele já se evapora mesmo com rolha, especialmente no Alentejo profundo em que as pessoas fazem do tinto a melhor dama de companhia, para passar uns bons bocados antes de dormir. Às vezes, a coisa dá para o torto, e a estatística do suícidio lá engrossa com mais um a pôr termo à vida porque já está farto de ver, sem alternativa, a mesma sombra, sempre do mesmo sobreiro. E assim parte sem se despedir da cortiça que o viu nascer e fazer-se homem. Mas voltando à imponência que vês no paquiderme, agora me lembro duma coisa. Como sabes, o Alentejo tem algum vinho, mas sempre se debateu com falta de água. Vai daí, não será que a guerra entre os sobreiros tenha a ver com isso: a falta de água. Pois inventam logo umas coisas de corrupção e de tráfico de influências e o mais. Pois eu, como o Jorge Coelho, acredito piamente naquelas pessoas, todas muito sérias e amigas umas das outras. Amigas do peito, de ambos os lados. E abdomen também.. São advogados brilhantes e, por isso, conhecem e respeitam a lei tanto ou mais do que respeitas os elefantes. Por isso, vejo com muito maus olhos que se digam coisas feias de tão ilustres e amigos dirigentes. Amigos do Jorge Coelho e do Xavier, é claro!! Um deles até se chama Pinheiro.., O Abel. Doravante, e sem desprimor do título, até se poderia passar a chamar Abel Sobreiro. Que dizes!? Seria, creio, uma medida muito bem vista pelas associações ambientalistas, que são outros ecofundamentalistas, mas à sua maneira. De tudo resulta uma imagem que tenho fixada no meu pensamento. Pois tenho para mim que aquele abate de árvores se destinou a limpar o território para, assim, dar lugar a uma significativa importação de elefantes do Alto Zambeze. É que a reprodução dos ditos em Angola, com a corrupção que por lá lavra por causa do petróleo e dos diamantes, não permite aos paquidermes as melhores condições para a prática do coito e, desse modo, gerar crias saudáveis. Presumo que tenha sido esse o esprit da decisão eminentemente política de Santana Lopes e dos seus ministros - quando permitiram aquele abate maciço de sobreiros. Um abate, diga-se de passagem, que o Ricardo E. Santo já compensou com uma plantação similar. Por isso, não me venham dizer que há tráfico do que quer que seja.. Aliás, Benavente só tem dois ou três semáforos, pois o trânsito local é escasso e o grosso da manada automóvel passa por fora, ao largo - pela auto-estrada. Parece que já estou a ver os elefantes em Benavente. Todos de trombas.. Juntamente com os amigos do Nobre Guedes, inclusive o Jorge Coelho e o Lobo Xavier, e respectivas famílias, a dar umas tacadas de golfe, nos intervalos de um Martini, enquanto os elefantes - frenéticamente - copulam nos alpendres do Hotel (de 7 *******) da Vargem Fresca, entretanto construído para albergar todo o tipo de pessoas (e de animais dos trópicos). Olha, com jeitinho, ainda mandam vir uns leões e umas leoas, umas girafas e uns arangotangos (para subirem aos sobreiros e tirar cortiça) para compor a restante fauna. E porque, seguramente, no sábado o teu Sporting irá ser esmagado - (não pelos paquidermes do Nobre Guedes e do Abel Sobreiro) - na Luz pelo Glorioso transportado para as nuvens pela Águia. É goooooooolo do Benficaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa)))))) Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.us
  • Achas bem terem abatido os sobreiros por causa do hotel, do golfe e dos cavalos?
Eu não! Mas também gosto de dar as minhas tacadinhas, montar e fazer amor num Hotel cujo quarto é de 7 *******. Vamos?! Sim, mas primeiro temos de beber um Martini.. sem o papagaio, p.f.v.