quarta-feira

A autenticidade...de plástico. Fartar de Vilanagem II

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  • Ligo ontem a rádio e sintonizo na TSF, que é a telefonia sem fios mais importante do que a Assembleia da República. E por lá se discutia a qualidade do Ensino Superior em Portugal. Mas no preciso momento em que me ligo à Antena acabara o sr. doutor Adriano Moreira de falar. Depois disseram-me que era o costume: a semântica, a autenticidade, a avaliação, Bolonha, pata-ti, pátá-ta etc e tal. Como o melhoral, não faz bem nem faz. Mas o mais grave, só aparentemente, é que depois permaneci mais uns minutos colado à antena, e ouvi um senhor ouvinte que declarou o seguinte:
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"o sr. prof. Adriano Moreira - que é uma sumidade, uma enciclopédia ambulante", só é pena uma coisa. É que "nunca ponha os pés na universidade", e assim nós - dizia o ouvinte - "nunca lá o apanhamos". Porque há uma qualquer incompatibilidade entre o trajecto daquela sumidade e o local (que é a sala de aulas) onde os alunos de mestrado o aguardavam. Chegaram mesmo a dizer que o absentismo era como o alcoolismo, uma chaga nacional que impedia a modernização e o desenvolvimento do país.
  • Por mim, confesso, não estranhei. Já sabia que era assim, apesar de nunca ter sido seu aluno. Amén. Mas depois alguém disse - que aquele actogenário, o avaliólogo dos avaliadores - não fazia bem a mesma coisa na Universidade Católica. Aí sim, era a doer, e os horários parece que se respeitam. Os salários também. Será que o prof. Mariano Gago sabe disto?! Julgo que sim! É que metade de Lisboa que já passou pelas universidade de ciências sociais e humanas sabe que existe uma enorme taxa de absentismo, mesmo entre as sumidades ambulantes. Cujos manuais, diga-se de passagem, já são velhos quanto o tempo, e com eles aprende-se aquilo que os índices dos manuais congéneres de raíz francófona e anglófona printaram há 30 anos. Com sumidades assim, como dizia um ouvinte, "não há autenticidade que resista a qualquer avaliação".
  • Que raio de programa aquele da TSF - que é só dizer mal, dizer mal, dizer mal.. Pois aquilo também é um fartar de vilanagem... Afinal, Portugal - onde estão os teus homens bons???
  • Faça aqui o seu teste de autencidade.. Qual das duas acha que é a verdadeira?
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  • Então, está confundido não está!?
  • Eu conheci um que partiu em 1994 e se chamava Agostinho da Silva. Que era verdadeiramente autêntico, quero dizer, genuíno... Mas detestava os avaliólogos de aviário que mais parecem aqueles exemplares ali do Museu de História Natural... Refiro-me aos tiranosaurios que quando perdem a vitalidade reprodutora procuram fazer uma só coisa ao longo da vida (que resta): ser como o elefante. Esse paquiderme que por onde passa .... tudo..
  • Rais partam a TsF. Aquilo é tudo um fartar de vilanagem..., com autenticidades de plástico e tudo! Diria outro ouvinte. Será? Por mim, que resta-me apenas recordar os homens de aço que conheci. E um deles é o tal Agostinho. Agostinho da Silva..
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