Bem haja Sr. Caloust Gulbenkian...
Quando se vê um homem rico isso é maravilhoso.
Quando se vê um homem rico com um bom coração é uma proeza!
Foi o que sucedeu com o Sr. Caloust Gulbenkian. Aplicou a sua riqueza à cultura, à ciência e às artes.
Um trabalho meritório que já se confunde com a história do próprio país do séc. XX.
Nunca como aqui o dinheiro do ouro negro foi tão bem canalizado, mitigando conhecimento com sabedoria tirando Portugal do subdesenvolvimento e do analfabetismo.
Pena é que quando se entra na Fundação se respire um ambiente e um caldo de cultura de segredo. E os administradores - os filhos e os amigos - sejam tão pouco conhecidos do grande público.
Neste capítulo trata-se duma organização muito fechada à sociedade, quase secreta. Muito privada, certamente. Os administradores são quase sempre os mesmos, mudando de pelouros consoante as conjunturas e os equilíbrios. Nessa óptica, não se abriu à sociedade e os cargos que ocupam na Fundação parecem quase vitalícios. Por isso, é que só os abandonam quando morrem.
Se o Sr. 5% cá regressasse aposto que mudaria muita coisa que entretanto se foi enquistando na vida da instituição. Uma instituição que é um muro de silêncio cimentado pelo peso do dinheiro resultante do petróleo que não tem rival em Portugal.
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