Poder, Prazer e Lucro - por David Wootton -
Nota prévia: Tudo quanto diga respeito ao pensamento do florentino, Nicolau Maquiavel, fundador da Ciência Política, porque isolou a Política das questões ético-morais, é um marco na evolução do pensamento e da formulação das ideias que fazem avançar ou regredir as sociedades.
Contudo, a história tem constatado que as tiranias acabam sempre por cair, pelo que não há qualquer razão para supor que um ditador terá maior permanência no poder do que um seu sucessor.
Ainda assim, nunca temos a certeza de que a democracia está protegida ou imune aos regimes degenerados, e, a qualquer momento, por excesso de nacionalismos, xenofobia ou qualquer outro processo social desviante relacionado com as migrações em massa, como hoje se verifica no Norte de África, Médio e Próximo Oriente em direcção à Europa (em que as populações buscam melhores condições de vida, ou apenas sobreviver fugindo aos conflitos civis nos seus países), o pior pode ocorrer e comprometer os sistemas democráticos. A democracia está, assim, flanqueada e permanentemente ameaçada por aqueles comportamentos degenerados.
Não deixa de ser curioso como este historiador e professor catedrático da U. de York escolheu os três conceitos mais poderosos da dinâmica social e económica - Poder, Prazer e Lucro - para, em torno deles, (re)desenhar a história do pensamento político de Maquiavel ao presente.

Poder, Prazer e Lucro é, de facto, uma obra que está na intersecção da Ciência Política, da Filosofia política e da Economia política, e é essa interdisciplinaridade que interessa à ambivalência dos tempos, pois sem o concurso dessas lentes graduadas no estudo e avaliação da realidade o resultado afigura-se diminuto em sem grande interesse intelectual na explicação do mundo contemporâneo.

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John Gray, New Statesman
SINOPSE
«O título do meu livro é Poder, Prazer e Lucro, por essa ordem, porque o poder foi conceptualizado primeiro, no século XVI, por Nicolau Maquiavel e os seus seguidores; no século XVII, Hobbes reviu radicalmente os conceitos de prazer e felicidade; e o modo como o lucro funciona na economia foi bem teorizado pela primeira vez, no século XVIII, por Adam Smith.»
Procuramos incessantemente poder, prazer e lucro.
Nesta procura sem limites recorremos a um raciocínio instrumental - ou análise custo-benefício - para os alcançarmos. Julgamo-nos a nós próprios e aos outros pelo grau do nosso sucesso. É um modo de vida e de pensamento que parece natural, inevitável e inescapável. Porém, David Wootton mostra que isso não é verdade.
Neste livro, revisita a revolução intelectual e cultural que substituiu os antigos sistemas da ética aristotélica e da moralidade cristã pela jaula de ferro do raciocínio instrumental que agora dá forma e propósito às nossas vidas.
críticas de imprensa
Wootton esclarece de que modo o pensamento europeu abandonou as virtudes tradicionais e aceitou o “sistema egoísta” do utilitarismo […] explica teorias sociais e políticas complexas com uma clareza admirável.»
Jeffrey Collins, Wall Street Journal
«Mais relevante nas circunstâncias políticas e culturais atuais do que qualquer outro livro que li nos últimos quatro anos.»
Lewis Lapham, The World in Time
«Wootton apresenta a viragem conceptual que conduziu ao modo de vida atual num livro que é ambicioso e abrangente no seu alcance […] Uma história apaixonante da forma como as ideias podem mudar o mundo.»
John Gray, New Statesman
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