Regressar ao espírito de Natal dos Anos 80: O melhor do mundo ainda são as crianças. O espírito de excepção
A mensagem de Natal "é terrível"...
- Nem nos damos conta dela. "O peixinho é comido pelo gato"; o cão assusta "o gato, que teve de se esconder"...
Contudo, são sempre as crianças, que são o melhor do mundo, que O salvam e lá escudam "o coelhinho que veio com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo".
O nó gordio desta relação hiper-realista, por ser um retrato fiel do nosso tempo, é que são os adultos que governam o mundo e não as crianças. De modo que a selva(jaria) continua, com o homem a comer o homem e, no Natal, qual excepção, a ser salvo pela ingenuidade e credulidade das crianças.
É isto que também é o Natal: um espírito de excepção - no tempo e no espaço - que passa rápido e dura muito pouco no coração dos homens.
Mas, ainda assim, e todos os anos, os adultos não resistem à farsa da representação, e as crianças afirmam a sua genuína autenticidade, como se fosse o teste para conquistarem o paraíso nesta terra de vãs promessas e em que o homem passa a vida a comer o seu semelhante, excepto no Natal.
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