terça-feira

Vemos, Ouvimos e Lemos, Não podemos Ignorar. Incêndio no Museu Nacional Rio de Janeiro

Resultado de imagem para sophia de mello breyner andresenVemos, Ouvimos e lemos. Não Podemos Ignorar, como diria Sophia - que pensou e escreveu com o nome que ama e simboliza a própria sabedoria. 

Nem de propósito!!!

- Mutatis mutandis, e considerando o terrível incêndio que reduziu a cacos o Museu Nacional do Rio de Janeiro (e pelo qual o Governo Federal nutria o maior desprezo) - o que diriam os portugueses, a humanidade.., se pelo burgo a Biblioteca Nacional, ali no Campo Grande, ou mesmo o majestoso Palácio da Ajuda, ardessem completamente e virassem um manto de cinzas em dois tempos?!

Vemos, Ouvimos e ficamos estupefactos. 

- Já não se trata, conforme preocupação inicial de Sophia de Mello Breyner Andresen - quando concebeu a sua Cantata de Paz - de erradicar a fome dentro e fora de portas ou reduzir as injustiças entre as nações e os povos (e entre as classes), mas de, através dessa linguagem universal que é a poesia, sensibilizar os poderes públicos para prover os meios humanos e financeiros necessários para cuidar do seu património cultural (material e imaterial), que foi o que não ocorreu no Brasil e que aquele inaudito incêndio ilustrou fazendo desaparecer dois séculos de história completamente irrecuperáveis. 

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Um incêndio de grandes proporções que deflagrou no domingo destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro, Brasil, que corre agora o risco de desabamento, segundo o portal de notícias GloboNews.
O arquivo histórico do museu, de 200 anos de história do país, foi totalmente destruído", disse o vice-diretor do museu, Luiz Fernando Dias Duarte, pouco depois de os bombeiros terem lançado um alerta para o risco de desabamento do Museu Nacional, em consequência do incêndio que não causou vítimas, avançou a GloboNews.
O presidente do Brasil, Michel Temer, já reagiu, em comunicado: "Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia do nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para a nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros".
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Não era só a mais antiga instituição científica e de história natural do Brasil, era “o maior museu de história natural da América Latina”, afirmou ao site G1Cristiana Serejo, uma das vice-directoras do Museu Nacional do Rio de Janeiro, consumido por um incêndio na noite de domingoLink
Com um acervo de 20 milhões de peças, o Museu Nacional, que chegou a ser residência da família real portuguesa e da família imperial brasileira, teve origem no antigo Museu Real, fundado por decreto do rei João VI, em 1818, quando o país era ainda uma colónia portuguesa, há exactamente 200 anos. O objectivo da sua criação passava por disseminar o conhecimento e o estudo das ciências naturais pelo Brasil.

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