quinta-feira

O espectro politico-partidário em Portugal - a dificuldade em designar um partido e líderes de referência em quem confiar e votar...



No espectro politico-partidário em Portugal
- a dificuldade em designar um partido e líderes de referência em quem confiar e votar é uma tarefa adicionalmente complexa entre nós.
- Essa tem sido uma tarefa dificultada por certos factos e acontecimentos que têm frustrado os portugueses. Factos esses que vão dos fogos à postura com que vereadores estão na vida pública (veja-se o caso do "grande especulador imobiliário", R. Robles), mas também, do lado governamental, a obsessão com a manipulação das contas públicas, com o défice e a dívida pública e as cativações têm criado o caldo para deixar degradar a todo o vapor empresas e serviços públicos indispensáveis aos portugueses, como os transportes públicos, a saúde, a educação, a gestão das florestas, etc.
- A moribunda CP, o estado comatoso da Saúde (privada de médicos e de enfermeiros), a desorganização e instabilidade na Educação recortam apenas alguns exemplos de que a geringonça se tem portado mal na gestão da coisa pública.
- E talvez seja por causa daqueles factos, e a que correspondem determinadas percepções na mente dos portugueses, que hoje um membro do PS já terá dificuldades em votar PS; um filiado no BE já não se revê em boa parte daquele sistema intelectual de justificação, para citar Vilfredo Pareto; um membro do PSD já submergiu; os do CDS nunca saíram de dentro de si..; e na Soeiro Pereira Gomes ainda impera a religião de partido e as práticas monolíticas.
- De Santana lopes nem valerá a pena falar porque se trata dum não-caso, ou duma patologia política que só teria cabimento avaliativo no contexto psiquiátrico.
- Creio que é esta descrença no sistema de partidos, nas práticas dos seus líderes e na falta gritante de valores e de referências nacionais que possam infundir confiança nos eleitorados que levam hoje os eleitores portugueses a ficarem paralisados dentro da sua gaiola de ferro.
- E quando nos encontramos paralisados, nos planos social e político, a resposta que geralmente as populações encontram para sair desse cerco nem sempre é a mais pacífica nem a mais construtiva, especialmente quando na Europa os ventos também são demolidores...


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