Memórias de Vergílio Ferreira
No sábado o Morais (o Xabregas dos tempos de Coimbra) fez-me ir e ao Namora a um almoço de antigos coimbrões para «revivermos os velhos tempos». Lá estive pois. Comeu-se mal e pagou-se bem. Mas o curioso do encontro foi a gente ver caras velhas, cruzadas de rugas, dos atropelos do tempo, e pouco a pouco ir decifrando o que estava por baixo até ficarem parecidas. E pouco a pouco os quarenta anos de intervalo foram-se retirando. Quando saímos, já todos estávamos certos uns com os outros e com a nova lembrança. E os anos, afinal, também. Estavam lá outra vez, mas como se não estivessem.
in CC (II)
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