sexta-feira

O PS só não será Governo se não quiser - Jerónimo de Sousa - dixit -

 Nesta imagem parecem estar PM e um ministro da Agricultura de um Governo chefiado por António Costa. Mas só parece, ainda não é... 


Os portugueses ainda não notaram naquele que é, ou pode ser, a principal novidade deste novo ciclo político, em resultado não só de a coligação Paf ter perdido a maioria absoluta mas, sobretudo, pelo facto de a CDU ter sido ultrapassada pelo  BE, precisamente pela abertura (em campanha) manifestada por Catarina Martins em negociar com A.Costa a formação de um futuro governo à esquerda. Foi uma representação que rendeu votos ao BE. 

Acossado pela ultrapassagem da "esquerda-caviar", Jerónimo, pela primeira vez desde 1974, não coloca pré-condições ao PS para formar uma plataforma comum com o PCP, admitindo até chegar a posições de governo, ocupando determinadas pastas ministeriais, como a Agricultura ou a Segurança Social e o Trabalho. 

Ainda que esse trabalho laborioso, de formiguinha, (já) desenvolvido por António Costa esbarre com a estratégia (comum) de Cavaco e Passos, que consiste em bloquear a viabilidade de qualquer maioria aritmética de esquerda no Parlamento, qualquer que seja a sua configuração. 

Foi simbólico o gesto de A.Costa se ter deslocado à sede do PCP, na Soeiro Pereira Gomes, dando-lhe a primazia de interlocução relativamente ao BE, o que também constitui um desafio de modernização e de desenvolvimento político ao PCP, que este fim de ciclo político pode representar.

Veremos, doravante, como se encaixa neste puzzle complexo o relacionamento com o BE, e de como estas interacções das esquerdas serão depois apresentadas à dupla de meliantes que Cavaco está apostado em recolocar de novo em S. Bento. 

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