quinta-feira

Esquerda em peso eleva António Costa para Belém


Já se percebeu que após as legislativas, em que o PS perdeu as eleições, ainda que tenha chamado a si a capacidade de condicionar a formação do novo governo, o PS enfrenta outro desafio (problemático): as eleições Presidenciais - cujo candidato, Sampaio da Nóvoa, veladamente apoiado por boa parte do PS, não será uma proposta ganhadora. Por essa razão muitos no PS defendem a liberdade de voto, desonerando assim o Largo do Rato de arranjar mais um sarilho.

Neste quadro, e já que a esquerda manifestou vontade de apoiar Costa para formar Governo, tem aqui uma oportunidade de ouro em o apoiar para Belém, e uma vez eleito com os votos do PS + CDU + BE - o novel PR, A.Costa, estaria em condições de dissolver o parlamento formado pela coligação do centro-direita que Cavaco está com vontade de empossar. 

Naturalmente, este cenário é pouco plausível, já que os portugueses não foram chamados a votar numa coligação à esquerda (congregando o PS+CDU+BE), mas numa coligação à direita, a Paf, que além de não ter programa de governo, nunca teve políticas públicas à altura e arruinou a economia do país deixando 20% da população desempregada, meio milhão de emigrados, a mais gravosa carga fiscal de sempre, quase 3 milhões de pobres e profundas desigualdades sociais entre os portugueses. Algo nunca visto depois de 1974. Um verdadeiro esbulho aos portugueses. 

Mas se a esquerda tiver muita vontade e determinação de colocar este cenário sobre a mesa de negociações, que resolveria o problema do PS nas eleições presidenciais e colocaria Marcelo em xeque, solicitaria a A. Costa que o equacionasse de forma realista, abrindo caminho ao PS para uma nova liderança que se viesse a afirmar no próximo Congresso extraordinário, quem sabe António José Seguro visse aí a sua derradeira oportunidade de assumir a liderança do PS e, com A.  Costa em Belém, se perfilasse para ser o próximo PM de Portugal, o que aconteceria quando Costa se decidisse dissolver o parlamento que Cavaco - à viva força - pretende impingir aos portugueses - que disseram não querer ser governados mais com base na austeridade pela dupla de meliantes, Pedro e Paulo. 

A política tem destas coisas, e em certos casos é mais imaginação do que ciência, agora só falta a dose de transpiração para que a esquerda, toda a esquerda, consiga converter aquilo que é um cenário numa futura realidade. 

Será que consegue?!
- Em política não há impossíveis. 

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