quinta-feira

Portugal poderá ser uma 2ª Grécia - com a saída desta do €uro -

Nota prévia: O que está a acontecer é "um filme que já vi antes - diz o ex-ministro das Finanças de Sócrates, Teixeira dos Santos, o qual está numa posição privilegiada para antecipar o futuro da Europa do sul, caso a Grécia seja empurrada do €uro. Portugal, neste cenário, e com os indicadores macro-económicos conhecidos por força do trabalho miserável do XIX Governo (in)Constitucional neste últimos 4 anos, de literal confisco fiscal ao povo português para engordar o Estado que nunca nos protege, e que tem trabalhado em prol dos  interesses das grandes empresas, acabaria por perder e muito. Portugal, seria uma 2ª Grécia, com os mercados de novo a especular e a espoliar o que resta da economia lusitana e sob o pretexto de uma dívida pública de 130% do PIB (superior à do tempo do Governo de Sócrates, esse "bandido"). Neste quadro negro, a economia nacional está objectivamente refém da gula dos mercados especulativos que fazem da economia e da sociedade portuguesas um cordeirinho na boca do lobo sedento de impor mais e mais austeridade. Eis o que significa, na prática, a miserável expressão da dupla-maravilha: Passos & Mª Luís Albuquerque - de que o Estado português tem os "cofres cheios". 

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O desconforto de Portugal, segundo o "Financial Times"


Os cofres até podem estar cheios, como diz Maria Luís Albuquerque, e para os líderes europeus Portugal até pode ser o exemplo brilhante de que a austeridade dá resultado. Mas nada disto salva o país da turbulência dos mercados se a Grécia sair do euro. "Portugal é o elo mais fraco."  
Num artigo publicado esta terça-feira pelo "Financial Times", é deixado claro que Portugal não fica numa posição nada confortável com a situação na Grécia. Caso os helénicos deixem a zona euro, Portugal é o próximo a cair. “Portugal, depois da Grécia é o elo mais fraco na zona euro", refere Antonio Roldán, consultor de risco da Eurasia Group, citado no artigo.
"O crédito a Portugal é visto como o mais arriscado na Europa a seguir à Grécia. Tem uma grande dívida pública em percentagem do PIB, foi sujeito a um resgate e não tem o poder económico de outros países devedores como a Itália", explica Lyn Graham-Taylor, do Rabobank, citado pelo jornal.
A justificar a teoria, o "Financial Times" cita declarações recentes do ex-ministro das finanças Fernando Teixeira dos Santos: em entrevista à Renascença, defendeu que a almofada de segurança que o Governo afirma ter, de 17,3 mil milhões de euros, "terá um efeito que será importante no curto prazo, mas tenho dúvidas que tenhamos capacidade para resistir a um braço-de ferro mais prolongado com os mercados, se esse cenário se vier a desenhar". O que está a acontecer é "um filme que já vi antes". 
Portugal deixou o programa de resgate no ano passado. Este ano já se espera que o défice fique abaixo dos 3%  do PIB. A economia tem crescido nos últimos quatro trimestres, mas mesmo assim Portugal continua a ser uma dos países mais endividados da Europa. A dívida pública ronda os 130% do PIB. 
Apesar do que parece um caso de sucesso dos planos de resgate financeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) continua a avisar  que fatores como a alta taxa de desemprego e a grande dívida pública fazem de Portugal um país extremamente frágil. 
Se a situação se complicar com a Grécia, os investidores temem que a crise financeira da zona euro se volte a repetir. "Portugal seria o primeiro da linha a sofrer com o contágio caso o Grexit se materialize", afirma António Barroso, analista político, citado no referido artigo do "Financial Times".   

PORTUGAL: COQUELUCHE AOS OLHOS DA EUROPA

Para os líderes europeus, Portugal é o que a Grécia deveria ter sido: cooperou com os credores, sobreviveu à austeridade e a três anos num programa de resgate financeiro.Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão,  chegou mesmo a usar o caso português como uma prova de que os programas de ajustamento resultam
Na semana passada, as tensões entre Atenas e os credores aumentaram - paralelamente, e em Portugal, os custos de empréstimo atingiram o valor mais alto do ano, contrariando a tendência registada nos últimos meses, em que os valores estavam em queda. Tensão com os gregos foi sinónimo de custos de empréstimos a disparar em Lisboa. 
Mas Passos tranquiliza. "Se algo de muito sério acontecer com a Grécia, Portugal não será o próximo a cair. Temos capacidade para resistir a qualquer grau de volatilidade nos mercados este ano e estamos bem preparados para [cobrir] o primeiro semestre de 2016."
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