terça-feira

Uma campanha alegre - por Luís Meneses Leitão -



  • Imagem picada no rizoma

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Já o actual primeiro-ministro, para quem só o céu era o limite em relação à subida de tributos, confessou que, afinal, falhava o pagamento desses mesmos tributos, ou porque não sabia que tinha de os pagar, ou porque se esquecia, ou porque não tinha dinheiro. Está, assim, a propor aos portugueses, como São Tomás, para fazerem o que ele diz, não o que ele faz.

António Costa não acha que seja caso para pedir a demissão de Passos, mas responsabiliza Cavaco Silva, considerando que Passos “tem usado e abusado da imunidade política que o senhor Presidente da República lhe concedeu”. Como o governo responde perante o parlamento e o próprio líder da oposição o defende, não se vê o que tem o PR a ver com isto. Do alto do seu pedestal, este logo respondeu que “um presidente de bom senso deve deixar aos partidos as suas controvérsias político-partidárias que já cheiram a campanha eleitoral”. 


Ainda vamos rir muito até às eleições.

Por Luís Meneses Leitão - 

Professor da Faculdade de Direito de Lisboa 

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Obs: Com efeito, não se compreende como o valor dos IMIs em Lisboa estabilizou e, por contraponto, o valor das taxas sobre a Água aumentou exponencialmente, o que até pode prefigurar uma ilegalidade além de constituir uma injustiça natural entre os lisboetas, que pagam agora a água ao preço do Whisky (velho)..

Onde se terá metido o diabo do Regulador do sector?! Situação semelhante coloca-se também relativamente ao consumo de energia eléctrica, em que o Regulador revela toda a sua cobardia e conivência com os interesses instalados contra os consumidores. 

Se o preço a pagar por este abuso camarário na fixação exorbitante das taxas da água foi o prémio pela manutenção do valor dos IMIs em Lisboa, então é pior a emenda que o soneto... 

Ou seja, tem faltado aqui algum common sense a A. Costa na gestão dos assuntos da edilidade, em especial em relação aos bens de primeira necessidade de que todos dependem. 

Esta decisão poderá trazer-lhe problemas, não por estarmos já em pré-campanha eleitoral, mas porque se trata duma decisão profundamente injusta e destituída de fundamentos sérios que a justifiquem. 

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