Um Governo a escaqueirar-se ante a Opinião pública: Núncio é o "Certificado de Aforro" de Passos Coelho

Já se percebeu uma coisa simples: Paulo Núncio, o secretário de Estado da "Penhora e do Confisco", sabe mais do que o que diz. E o que ele sabe compromete, naturalmente, o alegado PM. Ou seja, o que ele sabe protege-o de mais e mais problemas que remetem para o seu foro pessoal e, ao mesmo tempo, desgastam-no politicamente enquanto  chefe do Executivo e da coligação centro-direita, a qual permite manter no poder Portas (e Núncio e tutti quantti).

Neste quadro, Núncio, com a cobertura institucional do CDS de Portas (em cujo partido milita) - é uma espécie de Certificado de Aforro Político do próprio Pedro Passos Coelho que vai adiando, sine die, a sua morte política. Não é, pois, de estranhar que o PM o proteja com unhas e dentes, pois enquanto o faz está a tentar sobreviver politicamente até Outubro, data das eleições legislativas.

A esta luz, iremos assistir nos próximas dias, através das audições parlamentares aos principais intervenientes neste atentado à democracia e ao estado de direito, qual Ópera-bufa, à responsabilização deste "golpe de Estado tributário" do Director-Geral e Sub-Dir. de Informática, ambos já demissionários, e a uma super-protecção - com direito a blindagem de platina - por parte de PPCoelho ao seu certif. de Aforro político. Ou seja, Núncio será colocado numa "cápsula do tempo" que o imuniza de qualquer contágio e, assim, evitar que PPCoelho seja incendiado politicamente. 

Veremos se esta estratégia manhosa funciona por muito mais tempo...

E quanto mais Passos Coelho defender Núncio mais cresce a percepção na Opinião pública em Portugal de que este esquema foi montado na arquitectura geral do sistema informático da AT para proteger o PM no caso Tecnoforma (e aqui). 

Eis uma verdade que transcende, em muito, a falsa assunção de responsabilidades dos "chefes do economato" demissionários do Fisco, os srs. Brigas e Pereira, que se detestam. 

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