sábado

Milhares de pessoas protestam contra a austeridade em Madrid


Nota prévia: Não deixa de ser curioso como é que os governos - espanhol e português - ambos de direita e autores de políticas económicas, sociais e financeiras neo-liberais e trucidárias - inspiradas pela troika, ainda que o Governo espanhol tenha tido maior autonomia financeira na gestão da sua crise e não recebeu a troika no seu seio, tenham conduzido aos mesmos resultados sociais e económicos: elevado desemprego, destruição de valor, insolvências, famílias endividadas, aumento brutal da pobreza, etc... 
- Neste caso, a miséria do governo português casa bem com a miséria do governo espanhol, as duas faces da mesma moeda ultra-liberal, havendo aqui apenas uma questão de dimensão em razão do tamanho da economia espanhola em termos relativos. Ainda assim, Espanha conta com 20% de taxa de desemprego, Portugal deve rondar os 17%, se as estatísticas não continuarem a ser falsificadas, como é apanágio do ministro da lambreta, Mota soares, o assistente de Paulinho Portas. 
- Por outro lado, o povo espanhol tem uma qualidade de carácter - pessoal e colectivo - que o distingue da moleza laxista da personalidade colectiva do povo português, tão bem descrita por Miguel Torga (Link)

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Última atualização há 6 mins, 

Publicado hoje às 19:01

Milhares de manifestantes encheram hoje a Praça Colón, em Madrid, e as ruas adjacentes para protestar contra os efeitos das políticas de austeridade aplicadas pelo Governo nos últimos anos. O protesto, no âmbito das Marchas pela Dignidade, decorreu sob o lema "Pão, trabalho, teto e dignidade" sem incidentes.
Os organizadores estimaram que a manifestação contou com a participação de «centenas de milhares» de pessoas, enquanto a polícia referiu uma participação de 10.000 a 12.000 pessoas.
Reuters/Sergio Perez
Milhares de pessoas protestam contra a austeridade em Madrid
Madrid, Espanha





Os manifestantes entraram em Madrid, debaixo de chuva, em nove colunas procedentes de todas as comunidades autónomas, confluindo na Praça de Colón pouco depois das 18:00 horas.
Empunhando bandeiras republicanas, das comunidades autónomas, de sindicatos e de partidos políticos de esquerda, os manifestantes entoaram palavras de ordem como "No Parlamento não está a solução, a solução é a revolução" e "Faz falta já uma greve geral".
Nas faixas e panfletos liam-se mensagens como "Banqueiros ladrões culpados da crise" e "Tiram-nos tanto que, no final, tiram-nos o medo". Os manifestantes também defenderam o direito à saúde, à educação e as pensões, assim como a saída de Espanha do euro, da União Europeia e da Nato.
Num palco instalado na Praça de Colón, dois representantes das 300 organizações sociais e sindicais promotores das marchas leram um manifesto em defesa de "uma vida com dignidade" e de "um programa de mínimos", como passo prévio até à greve geral de 22 de outubro.

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