O Novo Judas da Saúde cedeu no orçamento
O apelo desesperado feito de viva voz em pleno Parlamento - "não me deixe morrer, eu quero viver" por José Carlos Saldanha, doente de hepatite C, serviu de detonador para o ainda ministro da Saúde, Macedo, se sensibilizar para o problema grave que centenas de pessoas naquelas condições estão vivendo, com a vida por um fio.
Foi necessário muitos pacientes terem morrido de forma infame oferecido para que o novo judas da saúde se convencesse que, de facto, havia que mudar a sua postura perante o fármaco que permite salvar vidas ou, pelo menos, apresenta uma taxa de sucesso de 90%.
Uma vida não preço, e Macedo já deveria saber isso espontaneamente. O comportamento do novo judas revela, à exaustão, uma dimensão negativa da sua personalidade: ele não quis salvar vidas, ele foi obrigado a fazê-lo perante a pressão mediática que o paciente José Carlos Saldanha colocou ontem no Parlamento, aliado à morte da senhora de 51 anos, que poderia ter sido salva se o fármaco vetado pelo ministro da Saúde do novo judas tivesse desbloqueado a verba que o permitia adquirir.
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