Durão Barroso vai dar aulas na Universidade Católica: de político falhado a sujeito académico singular
Nora prévia: Durão Barroso abandona o Governo português - que então presidia - para se lançar para o cargo de Presidente da CE; enquanto referia apoiar um candidato melhor preparado para a CE, o ex-Comissário António Vitorino, estava ele próprio a desenvolver diligências a fim de obter apoios políticos para garantir a sua própria eleição. Uma vez à frente da CE - por uma década - não conseguiu deixar um único traço positivo na Europa, antes pelo contrário - a sua prestação na Europa distinguiu-se por ser o porta-voz não oficial da DDT, Merkel, que fez dele (e dos países do Sul) - "gato sapato". Talvez por isso o tencione homenagear...
Terminado o mandato na CE, e goradas as expectativas para se lançar para Belém (intenção altamente desaconselhada pelas sondagens), o desertor Durão Barroso aparece agora vestido na pele do académico cujos serviços são comprados pela universidade da igreja - mas onde está a banca -, quiça possa vir a "ensinar" aqueles que tiverem a paciência de o ouvir, nem que seja para compreender por que razão falharam todas as suas teorias acerca da Europa, o que ajudará a explicar o estado comatoso em que ela se encontra, em particular a Grécia - que Barroso negligenciou lamentavelmente.
Curiosamente, hoje Merkel acusa-o de ser largamente responsável pela crise grega, já que não nomeou - como deveria - um Comissário para acompanhar a situação grega.
Curiosamente, hoje Merkel acusa-o de ser largamente responsável pela crise grega, já que não nomeou - como deveria - um Comissário para acompanhar a situação grega.
Após todos estes erros colossais cometidos pelo mais impreparado dos impreparados dos presidentes da CE do pós-guerra, eis que a vedeta surge na imagem estrelada, qual aquisição da Univ. Católica - e em nome da internacionalização do projecto da universidade a fim de captar alunos estrangeiros. Isto mais parece uma aquisição futebolística...
Tal revela duas coisas acerca do país que ainda somos e o modo de pensar da empresa contratante: por um lado, Portugal ainda premeia aqueles que não tiveram competência e mérito na tarefa importante que tinham entre mãos, o que revela que somos um país provinciano, medíocre e de vistas curtas; por outro lado, a empresa contratante recruta um agente político falhado na esperança que se torne um académico de 5* - que consiga angariar alunos estrangeiros para o seu projecto universitário - representa algo surrealista.
Perante este paradoxo dos tempos, não sei quem é mais tolinho: se a empresa que recruta, que o faz na suposição de ter maior procura por parte de alunos estrangeiros e, assim, fortalecer o seu projecto académico; ou se o recrutado, que julga, após tudo o que se passou numa década de Europa falhada e adiada, que as pessoas e as instituições, duma ponta à outra da Europa, lhe irão conceder um pingo de credibilidade para fazer o que quer que seja.
Se há coisa que Barroso nunca perdeu foi a lata com que ilude as pessoas, embora nem todas comprem esse produto.
Em rigor, diz o ditado: quem sabe faz, que não sabe ENSINA!!!
A contratação do antigo responsável europeu deve-se ao seu percurso nas instâncias europeias mas também à sua experiência académica
A Católica afirma que esta contratação acontece num momento em que a universidade “reforça a sua estratégia de internacionalização e de captação de estudantes estrangeiros”.
A contratação do antigo responsável europeu deve-se ao seu percurso nas instâncias europeias mas também à sua experiência académica, acrescenta a instituição, lembrando que Barroso passou já por outras universidades portuguesas e estrangeiras.
Durão Barroso vai ser professor das disciplinas de mestrado “Law in a European and Global Context” e “Internation Bussiness Law” da Católica Global School of Law e leccionará no “International MSc in Management” e na formação de executivos da Católica Lisbon School of Business and Economics , e nos programas de mestrado em “Ciência Política e Relações Internacionais” e em “Governance, leadership and Democracy Studies”, do Instituto de Estudos Políticos.
A palestra inaugural do professor será no dia 26, no campus da universidade, sob o tema “União Europeia e Lusofonia”.
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