quinta-feira

O excesso de zelo de negrão é d´ir às lágrimas: o caso BES e a omerta de Moreira Rato

Nota prévia: O Parlamento assistiu hoje ao falar grosso do presidente da Comissão de Inquérito ao caso BES, o sr. Fernando Negrão. Numa das suas tiradas ameaçou Moreira Rato de prática do crime de desobediência qualificada. 

Foi pena que aquele deputado não tenha usado do mesmo critério para com Ricardo Salgado, já que este só respondeu ao que quis e da forma mais omissa possível quando lá se deslocou. Mas nessa instância, o deputado Negrão ficou caladinho que nem um "rato". 

Negrão, quer mostrar trabalho de casa ao seu chefe, mas perdeu aqui a sua grande oportunidade para estar calado, pois a única vez que falou foi para afirmar uma autoridade que não tem e sem que daí decorresse algum resultado positivo  para o esclarecimento da verdade. 

Numa palavra: estas comissões de inquérito assemelham-se cada vez mais a filmes de ficção, em que por vezes ocorre haver uma ligação entre a ficção e a realidade.

Sugira-se, pois, a Negrão que pense três vezes antes de falar. Quem diz três, diz 30!!!

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BES: Moreira Rato avisado dos riscos de crime de desobediência qualificada

Fernando Negrão, presidente da Comissão de Inquérito ao caso BES, teve a necessidade de interromper hoje a audição de João Moreira Rato para o alertar de que podia incorrer na prática do crime de desobediência qualificada.


O aviso de Fernando Negrão surgiu na sequência de uma série de resposta evasivas e de "não respostas" aos deputados de todos os grupos parlamentares. Negrão insistiu para que João Moreira Rato fosse mais esclarecedor nas respostas.
«A omissão a uma resposta pode configurar a prática de um crime de desobediência», disse Negrão a Moreira Rato, quando este respondia a perguntas da deputada do PS Ana Paula Vitorino, embora sendo evasivo.
O ex-administrador estava a ser questionado sobre as abordagens que teve para integrar o BES, insistindo que foi convidado por Vítor Bento mas com Ana Paula Vitorino a querer saber se houve outro tipo de contactos.
Após o alerta do presidente da comissão, que pediu respostas «assertivas» a Moreira Rato, o ex-presidente do IGCP acabaria por revelar que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e o Crédit Agricole, acionista francês do BES, terão abordado a sua entrada na administração do banco.
Moreira Rato está a ser ouvido desde cerca das 16:20 no parlamento, mas a sua audição não está a agradar a diversos parlamentares, com a bancada do PS a ser particularmente dinâmica.

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