sexta-feira

"A Primavera" o quadro mais valioso de sempre de Édouard Manet

Este quadro vale um Euromilhões


"A Primavera" é um retrato de Jeanne Demarsy, atriz francesa popular em Paris nos finais do século XIX. Pertencia à mesma família há mais de um século
"A Primavera" é um retrato de Jeanne Demarsy, atriz francesa popular em Paris nos finais do século XIX. Pertencia à mesma família há mais de um século /  CHARLES PLATIAU/REUTEURS

 

O anterior recorde de uma obra do artista francês foi estabelecido em 2010, quando um dos seus dois únicos autorretratos, "Auto-Retrato Com Uma Paleta", foi vendido em Londres, na Sotheby's, por 22,4 milhões de libras (cerca de 27 milhões de euros) a um negociante de arte nova-iorquino.
"Os resultados fortes são testemunho do interesse geral no Impressionismo e na arte moderna", afirmou Doug Woodham, presidente da Christie's de Nova Iorque, citado pela Reuters.
O leilão desta quarta-feira, que rendeu no total mais de 165 milhões de dólares (132 milhões de euros) e contou com a participação "de pessoas de todas as partes do mundo, vindas sobretudo dos Estados Unidos, Europa e Ásia", segundo Brooke Lampley, diretor de departamento, incluia criações de Alberto Giacometti, Joan Miró e Fernand Léger.
Das 39 obras de arte leiloadas, nenhuma alcançou o valor do quadro de Manet. Os lucros das vendas beneficiarão uma fundação privada norte-americana que apoia causas ligadas ao ambiente e à saúde pública.
"Le Printemps" ("A Primavera"), retrato de Jeanne Demarsy (atriz francesa popular em Paris nos finais do século XIX), sobre um fundo de flores, vestindo de branco e usando sombrinha ao ombro, pertencia à mesma família há mais de um século e nos últimos 20 anos esteve emprestado à National Gallery Art, em Washington.[...]
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Obs: É também este tipo de economia de casino, altamente especulativo, que ajuda a estragar a ARTE - e aquilo que é a sua essência e a sua missão na sociedade. Quem a transforma num puro negócio de milhões - integrada na tal economia de casino - em lugar de a prestigiar só contribui para ela ser, cada vez mais, uma actividade de acesso muito restrito a multimilionários. Ora, a arte não é, ou não deveria ser ou confinar-se a este triste espectáculo de manias em que umas leiloeiras se comportam como verdadeiras empresas de enriquecimento rápido, como se se tratasse dum concurso de milionários para fazer um ranking. Isto é a própria negação da arte, e até estou convencido de que seria essa a percepção - aproximada - dos autores das obras que hoje são vendidas nestes moldes e na forma espectacular em que isso é representado. 
Contudo, devo dizer que entre este espectáculo guiado por manias bilionárias e a palhaçada exposta no post infra - escolho o mal menor. 
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