quinta-feira

Se a desfaçatez matasse Granadeiro era pó

Granadeiro demite-se da PT



Henrique Granadeiro apresentou a demissão ao Conselho de Administração da Portugal Telecom, apurou o Expresso. Pacheco de Melo mantém-se.





Henrique Granadeiro apresentou esta quinta-feira a sua renúncia a todos os cargos na Portugal Telecom, sabe o Expresso. Deixará, pois, de ser presidente do Conselho de Administração e presidente da Comissão Executiva da empresa portuguesa.
É a consequência direta do escândalo do investimento de 847 milhões de euros da PT em papel comercial do Grupo Espírito Santo, que entretanto entrou em insolvência, gerando fortes prejuízos nos seus credores, incluindo a Portugal Telecom.
Em reunião de Conselho de Administração da empresa, que ocorreu esta quinta-feira, foram apresentadas várias propostas no âmbito do processo. Entre elas inclui-se a decisão do Conselho de Administração de promover uma auditoria específica às relações entre a PT e o BES, para apurar se os procedimentos ocorridos nesta relação foram sempre os corretos e que órgãos ou pessoas estiveram envolvidos nessas relações.
Recorde-se que a PT desvalorizou fortemente em Bolsa depois de o Expresso ter revelado o investimento da empresa em papel comercial da RioForte. Esse investimento foi feito em Abril, renovando outro investimento em papel comercial da ES International, que havia sido feito em dezembro. Também este investimento era uma renovação de outros anteriores, embora num valor cada vez maior. 
Henrique Granadeiro manter-se-á em funções até à Assembleia Geral da PT, que ocorrerá no início de setembro. [...]
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Obs: Duas ou três notas sobre um péssimo gestor que colocou as amizades pessoais acima dos interesses de uma empresa nacional de referência. 
Granadeiro é um destruidor de valor sem precedentes na história da empresa.
Nos EUA um gestor com esta conduta abusiva - além de demitido na hora - seria também objecto de processo judicial por parte dos accionistas, e não só, além de serem reclamados ao visado os bónus recebidos na última década e um pedido de indemnização por parte dos lesados.
Neste caso, e porque há um considerável património pessoal do visado para responder perante esta destruição de valor, este deveria responder para compensar os accionistas. 
Brincar aos empréstimos com o dinheiro alheio deveria dar cadeia e, naturalmente, inibição de desenvolver actividade empresarial por uma década, ou mais...

Veremos qual é a piedade dos accionistas sobre este péssimo e ruinoso gestor ao serviço da família Espírito Santo. E não, como devia, ao serviço da PT. 

- Depois da borrada, sobrevém sempre uma justificação, por má que seja (aqui)
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