sábado

Uma culpa constitucional - por Pedro Adão e Silva -





Obs: Durante anos a culpa pelo subdesenvolvimento português era por sermos pouco competitivos e conseguirmos, enquanto povo, uma baixa produtividade. Porém, no estrangeiro, enquanto emigrantes, demonstrávamos exactamente o oposto e aquele argumento perdia vigor. Depois, o carácter marxista-leninista da CRP também foi perdendo gás com as sucessivas revisões constitucionais e com a eliminação do Conselho da Revolução, em 1982, através da 1ª revisão constitucional desde 1976. 

Agora, atribui-se à CRP o principal entrave  do nosso modelo de desenvolvimento. 

Qualquer dia lembram-se de escrever, no preâmbulo da CRP, uma nota dizendo que quando o país tem um primeiro ministro que não é senão um erro de casting que tem produzido políticas públicas erradas e insiste na austeridade como modelo de desenvolvimento, e que é isso que constitui o principal obstáculo ao desenvolvimento de Portugal. 

Para acomodar tal preceito a CRP terá que integrar no seu normativo mais um Direito: o Direito à Verdade - que deverá ganhar foros de cidade e que encontrará na figura da destituição imediata quem, uma vez jurado a CRP, atente contra a economia nacional através de políticas públicas (por acção e omissão) erradas que lesam o chamado interesse nacional.Talvez assim Belém fosse mais atento, rigoroso, imparcial e justo e não andasse com este governo ao colo, facto que tem custado aos portugueses os maiores sacrifícios desde o 25 de Abril. 


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