quarta-feira

Valor de radioactividade na central de Fukushima atingiu novo máximo


O Governo japonês já disponibilizou cerca de 380 milhões de euros para resolver as fugas. KYODO/REUTERS
Os valores registados são suficientemente elevados para representar um perigo mortal: como nota a BBC, a exposição àqueles níveis de radiação seria uma dose letal para qualquer pessoa que não estivesse protegida por equipamento especial em menos de quatro horas.
As autoridades sublinharam, porém, que as áreas em que se verificaram as leituras preocupantes estão isoladas, e informaram que a maioria desta radiação é beta, que tem uma força de penetração nos materiais bastante inferior à gama.
No mês passado, a Tepco detectou fugas de água contaminada com libertação de radiação em dois tanques de armazenamento, e num cano de ligação entre tanques. Com uma capacidade máxima de mil toneladas, os tanques armazenam a água que arrefece os reactores nucleares: no total, a central alberga 430 mil toneladas de água radioactiva.
O Governo japonês já disponibilizou cerca de 380 milhões de euros para resolver as fugas. O plano anunciado esta manhã passa pela melhoria dos sistemas de tratamento de água e ainda pela instalação de “paredes” de congelação em torno dos reactores, de forma a impedir o contacto da água contaminada com o solo.
Três reactores da central nuclear de Fukushima derreteram a 11 de Março de 2011, na sequência do tsunami causado pelo sismo de magnitude 9 na escala de Richter que atingiu o Nordeste do Japão.

 
Obs: Creio que já se chegou a uma situação limite para solicitar à ONU, e às suas agências especializadas, que tomem uma posição neste acidente industrial cujo impacto nas populações locais (e na região) é ainda desconhecido. Parece, pois, que não estamos perante uma situação clássica em que o país onde o acidente ocorre domine completamente a questão, daí a urgência do auxílio da comunidade internacional. 



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