Uma compatibilidade problemática entre portugueses
O conteúdo da fé cristã é simples. Resume-se a algumas afirmações essenciais. Há 2000 anos, Deus, criador e motor dos mundos, fixou, com um judeu chamado Jesus de Nazaré, uma aliança total de pai para filho. E, pelas palavras, pela morte e pela ressureição de Jesus, permitiu-lhe assim dar um sentido à nossa História e à História.
Esse sentido define-se pelo seguinte: os homens são os filhos do mesmo criador. São todos irmãos. São animais espirituais e criadores. Integram, pois, sociedades que se dirigem para a convergência final. Devem entreajudar-se e amar-se uns aos outros com liberdade, o que lhes permite compreender a unidade da humanidade.
Porém, a grande dificuldade em toda esta formulação, que parece ser plausível, é saber como é que as populações podem identificar essa convergência com um governo que detestam, que abominam e que está na raiz dos problemas nacionais por manifesta impreparação para a gestão dos negócios do Estado e a governação em geral.
Creio, em síntese, que o tema da salvação colectiva, pois é disso que se trata, encontra sérias dificuldades na relação das pessoas, das famílias, das empresas e das populações em geral no relacionamento com o ainda governo formal de Portugal.
Este tema da salvação colectiva começa, por razões óbvias, e graças à acção livre e solidária, tem não apenas reflexos no presente como também está voltado para a realização dos tempos futuros. E é essa esperança no futuro o ingrediente que mais hoje nos falta.
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