domingo

Duas reflexões: o Poder e a Obediência enquadrados pela má-fé

A má-fé domina a vida pública portuguesa. Ela alimenta-se da negação dos factos e da realidade e tende a redefinir a verdade como uma pseudo-evidência que pretende impôr a terceiros.

1. O poder político é feio. O poder sobre os outros é feio. É desumano, porque ter poder sobre uma pessoa significa reduzir essa pessoa a uma coisa. Ela torna-se uma posse sua.

2. A obediência não requer inteligência, segundo Osho. Todas as máquinas são obedientes. Nunca ninguém ouviu falar duma máquina desobediente. A obediência tira dos seus ombros o fardo da responsabilidade. Não há necessidade de reagir, a pessoa só tem de fazer o que lhe dizem. Logo, a responsabilidade pertence a quem lhe dá a ordem.


PS: A semana que passou foi marcada por uma estranha relação entre "ministro-adjunto-secretas-poder político-opacidade-subgoverno-poder paralelo-criptogoverno" e o mais que só potencia a distância e a desconfiança do eleitorado da classe política neste nosso arcana imperii - que não passa dum quintal por cultivar. Como que a demonstrar que o que melhor caracteriza a vida política portuguesa são as três noções que acima descrevemos: má-fé, desvirtuação do poder e uma cega obediência por parte dos actuais "lacaios" do poder.
- De facto, é pena que assim seja. Mas a ser assim não se compreende por que razão mudaram os portugueses de governo!?

Etiquetas: