quarta-feira

Um governo pior do que o outro: uma desgraça nacional

Este Gov ainda consegue ser pior do que o anterior, na medida em que agrava as condições de vida dos assalariados e dos portugueses em geral, antes mesmo de começar a satisfazer as suas legítimas necessidades, com a retoma do crescimento económico e do emprego.
Não valerá a pena recordar os erros do passado, que foram muitos, e os do passado remetem-nos, por sua vez, para erros mais antigos, do passado mais longíquo. Hoje o drama parece assentar na ideia em que não existe uma resposta para a contradição em que caímos: temos que reformar o país, mas isso pode não ser condição suficiente para sairmos da recessão em que mergulhámos. Assim, realizar transferências sobre um certo período, estabelecendo metas para o défice e a inflação de modo automático, imposto de fora, é o que nos resta. Ficámos sem qualquer capacidade de manobra.
O mesmo se aplica a todas as medidas no sector laboral, pensões, educação, saúde, etc. Parece que o único método que permite a uns e outros anteciparem-se, logo modificarem a estrutura dos seus hábitos e comportamentos económicos e sociais, é este: o da imposição externa, imposto à força e altamente doloroso em termos fiscais, por isso o Estado se converteu no maior ladrão institucionalizado em Portugal.
Incapaz até de combater a corrupção que deixou lavrar entre si, deixando a justiça em fanicos, agravando ainda mais a ausência de receitas fiscais que deixa de obter através dessas fugas mais ou menos consentidas.
Além de casos de polícia, de que o caso fraudulento do BPN é talvez o maior escândalo nacional das últimas décadas em Portugal, envolvendo o PR e ministros do bloco central que estão sempre dispostos a sacrificar o interesse nacional aos interesses particulares e corporativos que servem apenas a gula privada de administradores, ex-ministros do cavaquistão e uma larga fatia da alta administração banco-burocrática útil na corrupção desses grandes crimes económicos e financeiros ocorridos em Portugal.
Se, ao menos, esta máquina louca - que é o Estado - tivesse cumprido a sua missão, contribuindo para uma maior igualdade, a democracia social teria preservado a sua legitimidade.
Na prática, aquilo a que assistimos da parte do Estado, que era suposto velar pelos interesses de todos e de os promover com alguma discriminação positiva que a natureza das coisas impõe, é que esse Leviatão não soube utilizar o seu aparelho igualitário, solidário e desenvolvimentista para contribuir para o bem comum, antes foi utilizado para criar regimes de excepção à alta corrupção e evasão fiscal e à justiça - com milhões de prejuízo para o erário público - coadjuvando na rapina de ex-conselheiros de Estado de Belém que assim fizeram carreira e fortuna sob o olhar impávido e sereno de 10 milhões de portugueses.
Haverá maior crime do que este?!

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