sexta-feira

Cavaco e Defensor Moura atacam-se sobre "larachas" e "tretas"

Imagem picada no rizoma
Os candidatos presidenciais Cavaco Silva e Defensor Moura protagonizaram esta noite um debate tenso, com várias trocas de acusações.
DN
Além da questão BPN (ver relacionado), ao longo do debate, Defensor Moura acusou Cavaco Silva de ter favorecido "uma autarquia do PSD" nas comemorações do Dia de Portugal em 2009, de não ter cultura e de ter sido desleal para com os ex-líderes do PSD Fernando Nogueira e Santana Lopes e disse ter sido pressionado enquanto presidente da Câmara de Viana do Castelo a contratar a cantora Kátia Guerreiro e a construir "uma tenda que custou 165 mil euros".
O deputado do PS acusou ainda Cavaco Silva de ter desbaratado "milhões e milhões de contos" de fundos comunitários quando era primeiro-ministro.
Cavaco respondeu a esta última acusação citando elogios de Jacques Delors, "um socialista respeitado, não é como alguns daqui". Defendeu-se várias vezes acusando Defensor Moura de mentir e observou: "É preciso nascerem duas vezes para ser mais honestos do que eu". "Não se é candidato a Presidente da República só porque vem à cabeça, porque se quer ser, porque se diz umas larachas, umas tretas, umas palavras aqui ou acolá. É preciso ter conhecimentos e é preciso ter experiência", acrescentou.
Na resposta, Defensor Moura disse: "Chamar larachas e chamar tretas a demonstrações claras de falta de isenção, de favorecimento de amigos e correligionários, de pactuar com negócios ilícitos que estão nos tribunais".
Obs:
Do que conheço dos materiais políticos nacionais dos últimos 20/25 anos, não registei nenhuma "treta ou laraxa", para retomar a terminologia lamentável e de doca de cavaco silva para atacar Defensor de Moura, que revelou ter uma lucidez, apresentar factos e uma coragem singular em Portugal, que faltasse à verdade.
Com Fernando Nogueira o actual PR teve uma conduta lamentável, de grande deslealdade, opaco e parte interessada nas acções da SLN, parcial com autarcas consoante se trate camaras do PS ou do PSD, falta de fiscalização e de direcção política dos fundos comunitários no tempo de "vacas gordas" (com o certificado passado por Jacques Delors, caricato!!!) em que cavaco dirigiu Portugal (1985/95).
A não ser que falar verdade em Portugal seja crime, se assim for Defensor de Moura revelou-se uma agradável e mui sustentável surpresa. Sejamos sérios, e atente-se no nível dos argumentos e dos raciocínios utilizados pelo "experiente" cavaco silva, os quais nada serviram para ajudar o Gov e o país a crescer, a modernizar-se e a criar riqueza.
Numa palavra: o actual locatário de Belém é um embuste.