quinta-feira

Um debate que baixou as audiências. Já nem cavaco aquece o share televisivo.

Imagem picada por nós no rizoma.
Um debate que baixou as audiências, sol
Os debates presidenciais não parecem ser um bom investimento para as televisões. Ontem, na TVI e integrado no Jornal Nacional, as audiências baixaram logo que começou o debate entre Manuel Alegre e Fernando Nobre. No primeiro minuto o Jornal Nacional perdeu 100 mil espectadores.
Aliás, os números mais baixos do Jornal Nacional aconteceram precisamente enquanto Constança Cunha e Sá moderava a discussão entre estes dois homens, que em grande parte disputam o mesmo eleitorado. O noticiário da TVI estava nos 26% de share, com mais de 900 mil espectadores, quando o debate começou. E os números foram baixando até atingirem os 19,2% de share e 710 mil espectadores, a pior performance durante os 40 minutos que o programa durou.
No conjunto dos 28 minutos em que decorreu, o debate - que foi a 'fatia de leão' do noticiário - teve 20,7% de share (contra os 23,9% de média do Jornal Nacional) e 764 500 espectadores (contra os 855 700 do programa).
Para os candidatos, não foi o pior, nem o melhor. Os resultados menos bons de ambos aconteceram na SIC (Cavaco SIlva - Fernando Nobre e Manuel Alegre - Francisco Lopes). Já o mais conseguido de Nobre foi o primeiro, com Francisco Lopes, na RTP, e o de Alegre foi também na RTP, com Defensor Moura.
SOL
Obs: Já nem cavaco aquece o share televisivo... Por este andar, as estações de tv ainda vão pedir aos candidatos e respectivos apoios e direcções partidárias justas indemnizações pelos "lucros cessantes" que as ditas estações passaram a ter com tais debates. Os quais se reflectem na quebra de audiências, o que fará pensar duas as empresas que lá investem a sua Pub.
Talvez para contrariar esta tendência recessiva, as televisões pudessem investigar as causas remotas e próximas de um affair que desencontrou o país com o sr. prof. Cavaco e Silva, quando este decidiu desencadear um golpe de estado constitucional com base numa inventona, as famosas "escutas de S. Bento a Belém", como forma de ajudar Ferreira leite a ganhar as legislativas e, at the same time, depor Sócrates do poder.
O resultado culminou no afastamento de Fernando lima, que em tempos levou o DN quase à falência, embora continuasse a trabalhar nas catacumbas de Belém e nas chamadas fugas de informação com certa imprensa.
Como o zé povinho está permanentemente alienado e não percebe o alcance de certas jogadas, continua a votar nas "crenças" e nos opinanços de Domingo - assente em "elaboradíssimos" argumentos do "porque sim" e "porque não".
Recordo que uma amiga minha até dizia que sempre tinha votado no cavaco porque ele se assemelhava a um manequim da rua dos Fanqueiros, e como ela sempre teve um fetiche por manequins - era a forma encontrada de a senhora ir para a "cama da sublimação" com o dito político provinciano de Boliqueime.
Há de tudo neste mercado de "elaboradas" ideias que fixam opções político-eleitorais, talvez por isso Portugal esteja como está: atrasado, alienado e, claro, repleto de "crenças"!!
É uma pena que em certos aspectos do nosso quadro de pensamento e de mentalidades, milhões de portugueses ainda pensem como os albaneses da Europa.

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