Camada de ozono poderá recuperar até 2050
Camada de ozono poderá recuperar até 2050
Relatório informa que a eliminação das substâncias que provocam efeito de estufa está a dar bons resultados
Os esforços internacionais que têm sido feitos nos últimos anos para a protecção da camada do ozono parecem estar a dar frutos.
Hoje, data em que se assinala o Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozono, pela Organização das Nações Unidas, foi apresentado, em Genebra, um estudo detalhado realizado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Graças à “eliminação progressiva” das substâncias que danificam a camada, refere o relatório, a concentração de ozono à escala mundial, bem como o Árctico e Antárctida não tem variado.
Intitulado «Scientific Assessment of Ozone Depletion: 2010», o documento, redigido e revisto por 300 cientistas, aborda o desaparecimento gradual dos produtos químicos mais tóxicos, impulsionado em 1987 pelo Protocolo de Montreal.
Alguns deles, como o clorofluorcarboneto (CFC), estão a desaparecer quase completamente. No entanto, são utilizados outros produtos, não tão prejudiciais, mas que também provocam efeito de estufa. Estima-se que a emissão destes gases tenha também um decréscimo significativo nos próximos dez anos.
Em 2010, a redução da emissão de substâncias que empobrecem a camada foi cinco vezes superior à prognosticada pelo protocolo de Quioto em 1997.
O estudo prevê que, exceptuando as regiões polares, a camada de ozono possa recuperar-se até meados deste século, alcançando os níveis registados antes de 1980.
Relatório: «Scientific Assessment of Ozone Depletion: 2010»
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