quinta-feira

Líder parlamentar do PSD também não aceita aumento de impostos

Líder parlamentar do PSD também não aceita aumento de impostos O líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, afirmou hoje que os sociais-democratas não aceitam um aumento de impostos no Orçamento para 2011, depois de ser desafiado a esclarecer a posição do seu partido nesta matéria.Lusa e Público
Obs: Em matéria de impostos e despesas do Estado Psd e PS são a coisa mais parecida que existe no sistema partidário em Portugal. Quando o psd está no poder aumentam os impostos, aumenta a presença do Estado na economia e na sociedade, há ingerências em empresas públicas, há nomeação de boys, há incompetência, corrupção, tráfico de influências; quando o PS está no poder existe também tudo isso, ainda que por uma outra ordem. Ou seja, estes dois partidos são máquinas de poder, a sua ideologia centra-se na captura do poder, no controlo do aparelho de Estado e de governar - também - para as suas clientelas.
Por isso, acho curioso que Miguel Macedo diga exactamente o contrário daquilo que tem sido a praxis governativa quando o psd esteve no poder, sobretudo com o cavaquismo em que o Estado ficou inundado de boys do partido laranja, aumentaram sobremaneira os institutos públicos, disparou o número de gabinetes e de assessores, ou seja, a despesa engordou e o Estado perdeu músculo; com o PS o método é o mesmo e os resultados não divergem, ainda que na dialéctica "para-lamentar" se queira dar uma imagem diversa.
Acresce que não basta um partido dizer que não aumentará os impostos caso seja poder, pois é esse o grande problema do psd, é um partido sem uma única grande (e mobilizadora) ideia para Portugal. A revisão constitucional, sejamos sérios, é um assunto para comissões especializadas na AR onde deputados e juristas plasmam os seus conhecimentos sobre normas constitucionais de que pouco ou nada depende a recuperação social e económica do país.
Mais uma vez Passos Coelho está equivocado e não consegue perceber o sentir do Portugal-profundo. Mesmo que milhares de portugueses queiram mudar acabam por não rever neste psd uma escapatória possível. Ou seja, temos mais e mais Sócrates, mesmo com Cavaco a limpar as presidenciais de 2011 à 1ª volta, o que se afigura como óbvio. Salso se Fernando Nobre, o médico português mais cosmopolita se revelar um verdadeiro Obama, o que também se revela difícil.

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