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Fernando Nobre culpa Cavaco pela crise

Presidenciais Fernando Nobre lamentou ontem que "os dotes de economista" de Cavaco Silva "não tenham servido a Portugal" para evitar a crise económica.dn
Em declarações à Lusa, o candidato independente ao Palácio de Belém acusou o actual Presidente mas também Manuel Alegre, seu rival, de se "eximirem" às responsabilidades na situação do País.
"Tanto o Presidente da República, que a meu ver já está em campanha, como o candidato apoiado pelo BE e pelo PS [Manuel Alegre] não se podem eximir das suas responsabilidades", disse.
"Um era Presidente da República desta há quatro anos e meio e o outro era deputado na Assembleia da República. Por isso, eles melhor do que nós, deveriam saber há já alguns anos para que situação Portugal estava a evoluir".
Nobre reagiu assim ao discurso de Cavaco, quinta-feira, durante o V Roteiro para a Juventude. Repetindo a mensagem do 10 de Junho, o Presidente considerou que o País vive uma situação económica "insustentável".
Numa crítica ao rumo político do Governo Sócrates, que justificou a austeridade com o argumento de que "o mundo mudou numa semana", Cavaco afirmou que bastava terem sido considerados o desequilíbrio das contas externas, a dimensão da dívida externa e o pagamento ao exterior dos juros da dívida, para se concluir que chegaria o dia me que os mercados internacionais "exprimiriam dúvidas" quanto à capacidade de Portugal "para cumprir os compromissos assumidos".
Nobre viu "as declarações como tardias" e equiparou-as a "pura retórica". O candidato independente lamento ainda que Cavaco não seja mais interventivo.
Obs: Infelizmente, Nobre tem rapaz ao reconhecer a incompetência congénita de dois actores políticos há décadas no poder em Portugal sem resultados visíveis à vista. Até dá vontade de abrir as portas do poder ao médico da AMI e pô-lo à prova. Tenho para mim que só com grande azar Nobre se comportaria como Alegre e Cavaco. Não sendo político de carreira, Nobre é, será capaz de fazer melhor, o que também não seria difícil atendendo às comparações.

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