Robot Wheelchair e Bruno Bozzetto - Neuro
Um amigo muito especial hoje teve a bondade de me chamar a atenção deste brinquedo. Nessa sequência registo algumas notas: 1) vivemos embrenhados na espuma dos dias, os outros têm sempre coisas mais cruciais por resolver do que as comichões egocêntricas que circulam no nosso umbigo; 2) o "brinquedo" é interessante porque confere uma sensação de normalidade, além das inúmeras funcionalidades de que destaco a descida de escadas e a elevação da cadeira; 3) o preço corresponde ao valor dum BMW em 2ª mão com 2/3 anos.
Todavia, a minha aposta é que, num espaço de 3/5 anos a medicina (sobretudo, aquela que se faz entre os dois lados do Atlântico) evolua de tal maneira que algumas destas cadeiras-de-rodas hiper-sofisticadas fiquem definitivamente desactualizadas. E quando chegarmos aí é o momento de empurrá-las pela ribanceira abaixo, de preferência vazias.
E quando isso ocorrer o César será o 1º a empurrá-la, com direito a fotomaton e tudo, para registar o "antes" e o "depois" na história geral das nossas vidas que, desde o momento em que nascemos, comporta sempre uma grande dose de prazer e de fruição da vida mas também uma grande dose de tragédia.
A ideia, para já, é conseguir(mos) viver e gerir eficientemente o drama. Não estás sózinho!!!
_________________________________________ Bruno Bozzetto - Neuro Nota: Pergunto-me por que razão o trém de aterragem do avião não escavaca a antena do prédio at once.
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