As "más moedas" juntam-se no porquinho mealheiro aos três de cada vez. Os pensamentos políticos de Kumba Yalá
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Aconselhada pelo velho maoista Pacheco Pereira a líder do PSD também vai escrever o seu livro de citações, tal como fez Mao com o seu Livro Vermelho, o pequeno livro onde de citações do antigo líder chinês, um verdadeiro manual de conquista do poder.
Mas Ferreira Leite é uma mulher moderna ainda que não pareça e em vez de um livrinho vai produzir uma longa metragem, contando desde já com o apoio de José Eduardo Moniz que se dispôs a realizar e a dedicar-lhe uma edição do "Jornal Nacional" de Manuela Moura Guedes.
Para já está a ser produzido o guião com os momentos mais altos da luta pela conquista do poder que tem sido protagonizada por Manuela Ferreira Leite desde que iniciou a longa Marcha desde o Palácio de Belém até ao Palácio de São Bento, à frente de uma guerrilha onde se podem ver magistrados, jornalistas, conhecidos economistas, contando ainda com o apoio implícito de (...)
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OS PENSAMENTOS POLÍTICOS DE KUMBA YALÁ
Dado o contributo que a srª Ferreira leite tem dado ao pensamento e à praxis política nacional, só nos resta evocar esse outro "grande vulto" do pensamento guineense na pessoa de Kumba Yalá e sublinhar algumas das suas formulações:
1) “A liberdade mental deve ser da autoria do próprio indivíduo”;
2. “O comprido é a negação do curto, bem como o alto o é em relação ao baixo, que assim se apresentam com a igualdade de posição de relatividade”.
3) “O não tempo é tempo que não pode ser tempo, com o tempo”;
4) A beleza de uma mulher elegante, é a atrapalhação do cabr.. do macaco da Indochina!”;
5) “Se eu fosse rico não precisava de andar a pé”; mas se fosse tal, teria muitos carros, e como estes e por razões de tanto andar de carro, a coluna vertebral desequilibra o corpo: logo, não preciso de ser rico, tenho apenas o suficiente para o meu conforto familiar”.
A dada altura, este pensador africano diz: "Quando se viaja para o estrangeiro, e a partir do momento em que o avião se descola da pista do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, dá-se o início do respiro da tranquilidade; e de regresso para Bissau, mal se atravessa a fronteira do exterior para o interior do país, começa-se a sentir a atmosfera da insónia e do sufocante respiro da tranquilidade abafada”. Certamente que estas reflexões marcam um "sinal indelével" na cultura política mundial, capaz até de fazer inveja às vulgatas mais recentes do Pensamento Político Contemporâneo. A terminar, o misterioso pensador alinha ainda mais uma reflexão que reza assim: “Em política quando se adormece sossegado acorda-se com tudo perdido”. Aqui Kumba até tem razão... Será que este actor tem alguma representação ou ressonância em Portugal? Na realidade, o poder reside naqueles que se encontram nas encruzilhadas das comunicações, aqueles que organizam e controlam os orçamentos, aqueles que funcionam como intermediários entre os generais e as suas tropas.. Por alguma razão, que ainda não consigo entender bem, julgo que Kumba Yalá é assim uma espécie de novel líder do psd. Quando penso nestas reflexões lembro-me das reflexões da Lapa, e quando ouço a senhora da Lapa lembro-me logo de Kuamba Yalá. Eis os únicos momentos em que me lembro da boca do inferno, alí em Cascais. Com Ferreira leite em S. Bento e o seu mestre em Belém só já me estou a ver emigrado no Burundi com umas incursões ao Corno d' África... Como diria o outro, onde fica o exílio?!
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