segunda-feira

Requiem pelo JN

  • Mão amiga recorda-me aquilo que já sabia: o JN está em dificuldades. A regra hoje é saber quem não está... Em todo o caso, aqui fica o modesto contributo reconhecendo o trabalho do jornal e dos seus jornalistas - que hoje estão no fio da navalha. Esperemos que apareça algum empresário com ideias e projectos para reaproveitar toda aquela massa-crítica e converta um contexto de crise numa oportunidade. Não consta que o JN seja um título sensacionalista ou que ceda ao escândalo para ganhar nas vendas. Também aqui a seriedade deveria ser premiada - nem que, no limite, a engenharia social fizesse dos seus colaboradores proprietários do jornal...
Quem quiser assinar a petição, aqui.
Há um só jornal de dimensão nacional sedeado fora de Lisboa, o “Jornal de Notícias”, resistente último à razia que o tempo e as opções de gestão fizeram na Imprensa da cidade do Porto. Todavia, nunca a precariedade dessa sobrevivência foi tão notória como hoje, sendo tempo de todas as forças vivas da sociedade reclamarem contra o definhamento da identidade de uma instituição centenária que sempre as representou, passo primeiro para a efectiva e irreversível extinção. Desde sempre duramente penalizado pela integração em grupos de Comunicação Social, pois sempre foi impedido de viver à medida das audiências e dos resultados, o “Jornal de Notícias” tende a ser profundamente descaracterizado pela remodelação que o Grupo Controlinveste encetou, ao lançar um processo de despedimento colectivo que afectou, para já, 122 pessoas em quatro dos títulos de que é proprietário.