Críticos internos defendem maior debate no partido

Críticos internos defendem maior debate no partido , in TSF

A primeira sessão da Convenção do Bloco de Esquerda foi marcada por críticas internas defendendo a necessidade de um maior debate nas estruturas directivas do partido. Críticas que Francisco Louçã desvalorizou.

Autárquicas, legislativas, presidenciais. O que pretende fazer o BE nas eleições foi a pergunta de Gil Garcia, subscritor de uma moção alternativa à de Francisco Louçã.

«Isso não se discute aqui?

Então passamos um cheque em branco à comissão política? E para as presidenciais? Qual é esse candidato, será Manuel Alegre? E não se discute as condições em que se apoia Manuel Alegre? Para qual dos dois, o Manuel Alegre o PS ou o que rompe com o PS?», questionou.

Na sua intervenção, Gil Garcia sublinhou que é necessário discutir a política de convergências, acusando o partido de não discutir internamente os assuntos e de apresentar factos consumados à Convenção.

Interpelado pelos jornalistas à saída da Convenção, Francisco Louçã desvalorizou as críticas, afirmando ser ainda cedo para falar de nomes presidenciais, ao mesmo tempo que minimizou algumas das críticas de que foi alvo ao longo da tarde.

Obs: Já sabíamos que Louçã, com aquele dedinho em riste à torquemata que ostenta no Parlamento - que gosta de imputar ao PM, é, afinal, muito autoritário lá no partido. Faz uma convenção e nada se discute em matéria de eleições, mandam-se apenas umas bocas à Robin dos Bosques na área financeira. Fica sempre bem, o povo gosta de ouvir que os ricos devem ficar pobres - para que os pobres possam, um dia, ficar ricos. Nada de novo. Até ver Alegre ainda não integrou a Convenção...