quarta-feira

Muito bom dia, diz o PGR... um simulacro de fugas de informação.

Imaginemos que o dr. Pinto Monteiro foi ontem a Belém trocar informações e impressões em matéria de Justiça com o sr. PR. No decurso da conversa veio à baila o sistema de protecção na doença do magistrados que esse "malandro" do Sócrates uniformizou com os funcionários públicos; falaram da necessidade de estudar medidas de combate ao carjacking e agora ao homejacking - em articulação com o MAI, naturalmente; o sr. PGR fez ainda o ponto de situação sobre as investigações em torno do Outlet de Alcochete, mas o essencial já estava dito pela sua "assistente-de-locução" em entrevista a semana passada na RTP, e mais não disse sob pena de entrar em Zona de Protecção Especial; Pinto Monteiro falou ainda da demora da colaboração da justiça inglesa, da gratuitidade da carta rogatória, da pressão dos jornalistas, da vergonhosa situação de Fátima Felgueiras - em Felgueiras, do absurdo que é o caso-Isaltino Morais e ainda se queixou da severidade deste Inverno - que lhe entorpece a mente, as mãos e as pernas e, por esse motivo, explicou ao PR - que muitos processos estão parados. Pinto Monteiro terá ainda, alegadamente, feito algumas queixinhas de Cluniys, o presidente vitalício dos magistrados, a pretexto de que aquele interfere muito no seu trabalho. O PGR sai de Belém e chega ao Gabinete, arruma a pasta, senta-se e toma um café. Tem um conversa de circunstância com dois ou três assessores e adjuntos. E no dia a seguir o Público faz uma manchete em que Pinto Monteiro pontifica dizendo que foi a Belém fazer queixinhas de António Cluny; o DN faz outra manchete onde se diz que Pinto Monteiro justifica os atrasos na Justiça em Portugal em resultado da severidade do nosso Inverno; e o 25h. faz uma manchete dizendo que este PGR está desactualizado porque foi a Belém animado da vontade de reabrir o caso das FPs-25 de Abril; o sol do sr. arqº - para não ficar atrás da concorrência, faz uma capa ao seu estilo, onde anuncia que, doravante, o sr. PGR passará a despachar a partir do último andar da estátua do Cristo-Rei, na outra banda, porque daí, diz, a visibilidade é maior e os perigos de fuga de informação e violação ao segredo de justiça são diminutos.
Como reagiria o sr. PGR se isto se passasse consigo lá na "casa" onde era suposto ser o templo e o guardião dos segredos?!
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Anedota de padres
A barriga de um padre crescia cada vez mais. Descartada a hipótese de cirrose, os médicos concluíram por uma cirurgia exploratória, já que não havia razão para aquilo. A cirurgia mostrou que era mera acumulação de líquidos e o problema foi sanado. Estudantes resolveram intervir e quando o padre estava a acordar da recuperação pós-cirúrgica colocaram-lhe um bebé nos seus braços. O padre, espantado, perguntou o que era aquilo e os rapazes disseram que era o que ele tinha na barriga. Passado o espanto e tomado de ternura, o padre abraçou a criança e não quis mais se separar dela. Como se tratava de um filho de mãe solteira que morrera durante o parto, os rapazes envidaram todos os esforços para que o padre ficasse com a criança. Os anos passaram e a criança transformou-se num homem que se formou em medicina. Um dia o padre, já velhinho e sentindo que estava chegando sua hora de partir, chamou o rapaz e disse: "
- Meu filho! Tenho o maior segredo do mundo pra te contar, mas tenho medo que fiques chocado". O rapaz, que já havia intuído de que se tratava, disse compreensivo: "- Já sei. Adivinhei há muito tempo. O senhor vai dizer-me que é meu pai".
"-Não, eu sou tua mãe! Teu pai é o bispo de Leiria".