quinta-feira

Ferreira leite e a Esquizofrenia catatónica no Ano de todas as bizarrias

Há quem diga que Manuela Ferreira leite é o "homem" ideal para o PSD, porque essa é a via para o PS renovar a 2ª maioria absoluta.
Mas tirando este aparte (que já diz tudo), o propósito desta miserável reflexão visa demonstrar o seguinte teorema: hoje o espaço para a fantasia é limitado, precisamente porque a realidade encarrega-se de a ultrapassar e de nos surpreender. "Maneiras" que a realidade se substitui à própria imaginação por ser mais rica e dinâmica.
Vejamos: Ferreira Leite, depois de andar 6 meses escondida na toca da Lapa, desafia o PM para um debate, querendo promover-se à custa do mouro de trabalho. Seria injusto Sócrates dar-lhe essa boleia, promovê-la e conferir-lhe um estatuto que não merece - nem na sociedade portuguesa nem - sejamos sérios - no próprio PSD - que merecia um líder mais estruturado e com ideias e uma visão alternativa para Portugal.
Leite não deu a Portugal uma única ideia em nenhum sector da governação. Cada vez que abria a boca era para se espalhar, dizer mal, revelar ignorância, inabilidade pública e tudo o mais condições que fazem da senhora alguém que há muito deveria estar em casa a tratar do netinho e a fazer bacalhau espiritual. Ter ambições à governação com a qualidade dos préstimos que tem revelado é um verdadeiro crime público a que os portugueses devem dizer: Não.
Neste quadro, até apetece surrealizar - tentando surpreender a realidade num registo de neorealismo fantástico e dizer que a SIC - e Ricardo Costa e José Gomes Ferreira - assim que souberam da "tampa" que Sócrates deu a Ferreira leite - convidaram a senhora para uma entrevista a solo, diminuindo assim o peso da tampa a uma senhora.
Leite teria aceite - mas impôs uma condição aos jornalistas da SIC - que também entrevistaram o PM: não falar. Não falar para não revelar o turbilhão que lhe vai na alma. Assim que Ricardo Costa e Gomes Ferreira começassem a falar, colocando as questões - Ferreira Leite - responderia com um mutismo implacável, de corpo estático. Uma verdadeira estátua.
Com isto Ferreira Leite conseguiria provar várias coisas à nação: a sua já habitual conduta de não falar, que é bizarra, e quando fala é o que se sabe.
Provar que, por via do mutismo, também nunca se irritaria, o que faria a alegria dos psiquiatras por acertarem tão facilmente no diagnóstico de esquizofrenia catatónica - que infelizmente, e para mal dos nossos pecados, vai atingindo alguns políticos em Portugal.
No fundo, Ferreira Leite tem levado ao extremo a doutrina da resistência passiva de M. Gandhi, e nada nem ninguém nos pode hoje garantir que caso Sócrates tivesse aceite o desafio lançado pela dama-de-ferro do psd - ela não procurasse levar aquela resistência passiva ao extremo, estando alí, em pleno estúdio, sem falar, sem comer, sem beber - até se desidratar - e ter uma catatonia mortal e responsabilizar Sócrates por isso.
A finalidade última dessa estratégia seria atingir o negativismo extremo, permitindo ao PSD e a Santana Lopes acusarem Sócrates de ter "acabado" com Ferreira Leite em pleno debate.
Como se vê, as distorções da realidade são imensas - assim como bizarras são as performances públicas que Portugal irá registar ao longo do problemático e complexo ano de 2009.
O ano de todas as bizarrias. Agora, para "animar a malta - que é o que faz falta" - até temos Gonçalo Amaral, ex-inspector da PJ, responsavel pelos casos "Maddie e "Joana" - como candidato pelo PSD ao município de Olhão, liderado desde sempre pelo PS. Também aqui a anomia política é gritante e atinge o PSD - e só vem ratificar a nossa teoria de que hoje o espaço para a fantasia é limitado...
Com isto não procuro significar que começarão as "torturas" no Algarve - apenas procurei reflectir que o ano de 2009 será o tempo de todas as bizarrias - dinamizadas pelos três momentos eleitorais - geradores da grande
esquizofrenia catatónica que encontra em Ferreira Leite o seu expoente.
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Isto vai ser um ano difícil. Qualquer dia começamos todos a comparar preços com portáteis, com telemóveis, com automóveis nos stands, com os medicamentos nas farmácias, com o dinheiro nos bancos, etc, etc. 2009 - será o ano das grandes "comparações..."