quinta-feira

Caso Freeport: gabinete britânico anti-fraude recusa comentar notícias

Gabinete anti - crise britânico não comenta notícias hoje divulgadas na imprensa portuguesa
Fonte do Serious Fraud Office não assume sequer que exista qualquer tipo de investigação
Caso Freeport: gabinete britânico anti-fraude recusa comentar notícias
O gabinete britânico para fraudes graves escusou-se hoje a comentar notícias segundo as quais teria pedido às autoridades portuguesas para apurar se José Sócrates "facilitou, pediu ou recebeu" dinheiro para licenciar o Freeport.
Contactada pela Lusa, fonte do Serious Fraud Office (gabinete de fraudes graves) manteve a opção de recusar comentar todas as notícias difundidas pela imprensa portuguesa sobre o caso Freeport, não assumindo sequer que tenha em curso qualquer tipo de investigação.
A TVI e as revistas Sábado e Visão noticiam que as autoridades britânicas pediram à Procuradoria-Geral da República diligências para apurar se José Sócrates "facilitou, pediu ou recebeu" dinheiro para licenciar o Freeport.
Em reacção, o primeiro-ministro remeteu para as declarações de quarta-feira da procuradora-geral adjunta Cândida Almeida, que garantiu não haver suspeitos ou arguidos neste caso.
Segundo as notícias, uma carta rogatória enviada pelas autoridades britânicas à Procuradoria-Geral da República diz que José Sócrates se reuniu, em Janeiro de 2002, com três representantes do Freeport: Sean Collidge, presidente da Freeport, e Charles Smith e Manuel Pedro, sócios de uma empresa contratada para licenciar o centro comercial de Alcochete.
Na imprensa britânica não há hoje qualquer referência ao caso Freeport e na terça-feira o diário The Independent escrevia sobre o caso, mas citando a imprensa portuguesa.
Obs: Digamos que é a estratégica do toca-e-foge que já cumpriu os seus objectivos de tentativa de assassínio político - levando grande parte dos papalvos portugueses a paparem esta óstia requentada. Nuns casos, por mera ingenuidade e credulidade; noutros por pura má fé, sacanagem, vontade de litigância política e maldade patológica - vendo aqui uma oportunidade de oiro para enterrar vivo o PM em funções. Apenas porque não gostam dele, do seu estilo e das políticas reformistas que tem implementado no País.
Este processo de intenções baseado no Freeport, com os dados disponíveis actualmente, revela não apenas até que ponto alguns cobardes recorrem a métodos ocultos para descavilhar o processo activado em 2005, que terá ramificações a Inglaterra, como também denuncia - a avaliar por algumas doutas opiniões que se lêem pelas valetas da blogosfera e da mediacracia - a verdadeira personalidade colectiva de parte do povinho português.
Algum dele cresceu a ser humilhado - na empresa, na universidade, nas organizações em geral - e agora - aproveitando esta boleia - não hesita em doutamente teorizar o fim do regime - reproduzindo mecanismos de violência psicológica de que foram alvo do decurso das suas vidas pessoais e profissionais. Aliás, Freud explica bem isto.
Enfim, são os mesmos maluquinhos de Arroios do costume a quem ninguém já dá importância, senão eles próprios - por egocentrismo e patologias conexas, claro está.
Começa-se a perceber que quem, na realidade, deveria ser investigado é o Serious Fraud Office (SFO).