terça-feira

América-eleitoral

A América de Obama e McCain - sendo aquele de longe uma melhor opção para o Império e para o mundo - está um pouco arrefecida. Os debates já foram, a Sara de McCain entrava mais do que ajuda, a crise económica, financeira e social estremeceu a América-profunda, mas, na realidade, falta algo que agite, que bombardeie os espíritos dos americanos e os mobilize. Sob pena de tudo continuar enfadonho. Falta um escândalo, uma "garganta funda" do séc. XXI, faz falta uma Mónica com as saias sujas de leite condensado auxiliada por um Procurador fundamentalista. Faz até falta uma mentirinha de Bill. Falta uma princesa na estória. Falta algo na América decadente, podre e em ruínas. Eis os produtos embalados que o Tio Sam tem exportado para a Europa. Nós a querer exportar Chardonnay para os camones branquinhos e insulares, mas é a Europa que hoje leva com os produtos tóxicos duma América em fim-de-festa. Oxalá que Obama tome posse, e limpe a merdinha sobrante. Quanto mais rápido isso ocorrer, mais rápido a Europa regressa ao consumo e ao emprego. E mais depressa também nós fazemos o take-of económico.