Crónica do crime em Portugal
A estrutura das notícias em Portugal referentes ao crime passou a ocupar a parte de leão, hoje 2/3 de cada telejornal é povoado por assaltos à mão-armada a bancos, bombas de gasolina e habitações. Ora, sabemos que os bancos, cada vez mais endividados à banca internacional - dispõem cada vez de menos recursos em caixa. Os clientes, por seu turno, também têm cada vez menos dinheiro para depositar, o que gera uma situação de magra liquidez. Ainda assim, os assaltantes insistem arriscar muita coisa para levar uns trocos que nem sequer lhes asseguram umas férias condignas. São estúpidos, revelam amadorismo. De resto, está provado pelo criminólogos que os indivíduos com personalidade anti-social e mais violentos, logo mais predispostos à prática do crime, têm um pensamento pouco estruturado. É muito abstracto e, portanto, insuficiente para conduzir a acção. É óbvio que assalto sofisticado da A2 com os beneméritos de Aljustrel escapam a esta rígida tipificação. Todavia, a violência perde hoje todo o seu sentido quando se compreende que se verificou desde sempre, que não passa de uma repetição. Qualquer dia começam os linchamentos populares, o que leva a que a população, ante alguma insatisfação para com as autoridades, comece a andar armada, com ou sem licença de uso de porte de arma. E assim teremos uma certa americanização da sociedade portuguesa. Já agora, os agentes policiais têm de sair urgentemente dos gabinetes e passar a ser mais vigilantes e eficazes no espaço público. Muitos deles, de preferência, andando à civil. Qualquer dia os criminosos vão ao Banco de Portugal à procura dos lingotes d'ouro do tempo de Salazar, e quando se depararem com Vitor Constância a fazer a guarda à cave é que está tudo estragado. Pergunte-se ao sr. Governador se já anda armado..., ou se ele só ataca com estatísticas e revisões em baixa, agora em versão nuclear...
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