Barack Obama "esmaga" nas primárias da Carolina do Sul
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Barack Obama na última acção de campanha na Carolina do Sul
Mais de 50% dos eleitores democratas que participaram nas primárias de ontem no Estado da Carolina do Sul são negros e, destes, boa parte anunciou a intenção de votar no senador Barack Obama.
As urnas abriram em todo o Estado às 7 horas e fecharam às 19 horas locais, já depois do fecho desta edição. Os candidatos na disputa - a senadora Hillary Clinton e os seus colegas Barack Obama e John Edwards - apelaram aos militantes para persuadirem os amigos a votar, através de telefonemas e batendo de porta em porta.
Na sexta-feira, Hillary, que está atrás de Obama nas sondagens, participou num evento de campanha no Benedict College, uma faculdade de predominância afro-americana de Columbia.
Na ocasião, a senadora chegou acompanhada de dois destacados políticos negros que a apoiam - o deputado por Nova Iorque Charles Rangel e o ex-mayor de Nova Iorque David Dinkins.
Quando questionado se não se sente desconfortável por apoiar Hillary, quando o seu rival é um afro-americano, Rangel disse que não, destacando a experiência da senadora e a sua suposta melhor preparação para governar o país.
Pelo contrário, Obama trouxe ao palco, na sexta-feira, o ex-governador da Carolina do Sul Jim Hodges, que é branco. E a maior parte do público que lotou o auditório do Korger Center, em Columbia, para ver Obama era predominantemente branco. Já o ex-senador John Edwards, que está em terceiro nas sondagens e ainda não venceu qualquer primária, acredita que poderá mudar o rumo nna Carolina do Sul, seu Estado natal.
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Lusa
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Veja-se o testemunho de Xanana Gusmão
Xanana recorda SuhartoPrimeiro-ministro de Timor-Leste fala do lado bom e do lado mau do ex-ditador indonésio
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, recorda "um lado bom e um lado mau na passagem pela História" do ex-Presidente da Indonésia. Shuarto morreu hoje. Tinha 86 anos.
"Suharto teve um lado bom e um lado mau" como Presidente da Indonésia, declarou Xanana Gusmão à Agência Lusa. O ex-comandante da resistência timorense recordou que o ex-ditador indonésio "foi o promotor do desenvolvimento de um grande país, de um país difícil". "Não foi fácil desenvolver um país assim, que é o quinto país mais populoso do mundo", acrescentou Xanana Gusmão. Por outro lado, "Suharto teve os seus lados fracos, sobretudo a violação dos direitos humanos, a ditadura e a corrupção", afirmou Xanana Gusmão à Lusa. "Quando estive na prisão (de Cipinang, em Jacarta), eu costumava encontrar-me com jovens universitários indonésios e dizia-lhes que não podiam olhar apenas para o lado mau mas também para o lado bom para avaliar uma pessoa no fim da sua vida", sublinhou o ex-comandante da guerrilha timorense. Xanana Gusmão, para quem Suharto "teve algum brilho em várias questões", coloca a ditadura indonésia no contexto da Guerra Fria. [...]
Obs: Xanana, que é um genuíno democrata (e deve ter andado a tomar xanax), além de poeta e ingénuo, disse de Suharto o que o ditador não diria dele. Seria bom não se levar muito a sério as palavras de Xanana - que ainda aproveita o seu testemunho para fazer um poema. Os elevados índices de corrupção, nepotismo de toda a família Suharto - e o mal que fizeram ao País e aos milhões de indonésios - deixando-os subdesenvolvidos, não tem perdão possível, nem a Guerra Fria pode explicar essa lógica, apenas em parte. Mas recordo aqui ao poeta Gusmão que a GF já terminou há quase duas décadas. Já agora, pergunto daqui a Xanana se está agora mais satisfeito com a Independência de Timor - que Guterres e Bill Clinton lhe deram - ou preferia o statu quo ante?! Por vezes chego a pensar, ante a desordem, a pobreza e o ambiente de pré-guerra civil que se tem vivido em Timor leste que o poeta Gusmão preferiria a situação de 27ª província da Indonésia. Governar ou presidir um País um país não é bem a mesma coisa do que fazer uns poemas na montanha..., que depois nenhum eco têm nas populações. E é pena, porque a situação social e económica em Timor leste, apesar da Liberdade, continua preocupante revelando ao mundo que não há pior Liberdade do que essa: tê-la para depois não ser aproveitada.
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