quinta-feira

Os rostos do caos em Lisboa: mataram o "bebé" e agora asfixiam a "mãe do bebé". São os mesmos de sempre

O PSD ESTÁ A TENTAR DUAS COISAS EM LISBOA: GERAR O CAOS (DE NOVO) NA CAPITAL E AFUNDAR OS LISBOETAS NESSE AJUSTE DE CONTAS COM AS TRICAS DO PASSADO RECENTE DO PARTIDO DA LAPA AGORA TELEGUIADO A PARTIR DE GAIA E DE CASCAIS VIA DISTRITAL DE LISBOA DO PSD.
OS ROSTOS DA CRISE: PASSADO (SANTANA & CARMONA), PRESENTE E FUTURO (MENESES E CARRÉRAS/DISTRITAL psd lx).
DE MOMENTO MENESES, SANTANA E CARMONA - NADA DIZEM, LÁ SABEM O QUE ESCONDEM, SABEM A SITUAÇÃO FINANCEIRA EM QUE DEIXARAM A AUTARQUIA (ARRUINADA, INGOVERNÁVEL E SEM QUALQUER CREDIBILIDADE).
POR ISSO, É NATURAL O SEU SILÊNCIO COMPROMETEDOR. QUEM DEVE TEME, E QUEM TEME NÃO FALA - ACOBARDA-SE NAS ARCADAS DO PASSADO E RECORRE À ARMA DO BLOQUEIO E DO VETO CUJA MAIORIA ABSOLUTA DISPÕE NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL...
"ALGUÉM" NO VERÃO JÁ TINHA CHAMADO A ATENÇÃO PARA ESTE ANACRONISMO POLÍTICO, AGORA CONFIRMAM-SE AS MÁS INTENÇÕES DESTE (IRRESPONSÁVEL) PSD. TALVEZ POR ESSA RAZÃO REJEITARAM ELEIÇÕES NA DITA ASSEMBLEIA MUNICIPAL PARA, AGORA, CALCULÍSTICAMENTE TEREM A FOLGA DE RECORRER À INSTABILIDADE POLÍTICA E GERAR O CAOS NA CIDADE.
A NOVIDADE DESTA CONJUNTURA É QUE, A SER ASSIM, É A 2ª VEZ QUE O FAZEM NO ESPAÇO CURTO DE MESES...
ATÉ PARECE QUE O PSD SE ALIMENTA DA CRISE QUANDO, AFINAL, VAI REDUZINDO A SUA CREDIBILIDADE POLÍTICA E A SUA IMPLANTAÇÃO SOCIAL NA SOCIEDADE E NA CAPITAL.
ESTE PSD "MORRE" TANTO EM LISBOA COMO O PCP ENFRAQUECE NO PAÍS. UM E OUTRO PREFIGURAM-SE HOJE COMO PARTIDOS ANTI-SISTEMA QUE SE COLOCAM A SI PRÓPRIOS NAS MARGENS DO SISTEMA POLÍTICO...

É curioso notar como as previsões preocupadas de António Vitorino (que remontam ao Verão) hoje regressam à cena política da capital com uma actualidade tão gritante quanto preocupante: há um partido anti-sistema, chamado psd, hoje com uma nova liderança, que quer impedir que o actual edil de Lisboa, António Costa, liquide as dívidas aos fornecedores, saneie as contas públicas e todo o elevado passivo da capital que foi agravado no passado recente.

Um tal sr. Carréras, que tomou de assalto a Distrital do psd, enrola um argumento imperceptível, e fala na discordância da forma (e do valor elevado) como esse empréstimo foi negociado e é, agora, legítimimamente apresentado na CML pelo Edil - e ao qual este psd de Gaia ameaça chumbar na próxima 3ª feira em reunião de Câmara.

No mínimo, isto tem nome: vergonha, desfaçatez e irresponsabilidade política, tanto mais que foi o PSD que agigantou este passivo, intensificou a crise política que tornou a autarquia ingovernável na capital e sem qualquer confiança juntos dos milhares de fornecedores que já ameaçaram não fornecer mais serviços à autarquia até que as respectivas dívidas sejam saldadas. É assim na vida das pessoas em privado, é também assim na vida pública. Sempre ouvi dizer que as boas contas fazem os bons amigos, mas parece que o PSD é adepto duma nova contabilidade pública que postula que quanto maior for o passivo, maior é a crise e o caos, e, assim, melhor é. Lamentável!!!

António Vitorino, esta manhã na antena da TSF, repetiu um argumento que tinha expendido no Verão: já que deixar de fora a eleição da Assembleia Municipal - com a sua actual maioria absoluta - só poderia conduzir a este tipo de chantagem política que ameça hoje tornar a autarquia ingovernável.

E porquê? Por causa, precisamente, dos jogos políticos florentinos que este psd de Gaia - coordenado com a Distrital de Lx - recorre para fazer politiquice autárquica, por isso, com propriedade e de forma lapidar, António Vitorino, disse:

Este PSD faz o mal e a caramunha.

A nova lei autárquica já não permite este tipo de "prostituição política", mas até lá vigora esta, e esta é bem o reflexo da forma deste psd fazer política e estar na vida pública: tão mesquinha quanto miserável, porque pensa 1º no seu umbigo postergando os reais interesses da cidade. Esta relação também espelha a forma e o modus operandi como o psd de Meneses usurpou o psd de Mendes: recorrendo ao truque, à insídia, ao insulto e, naturalmente, à compra de votos do seu amigo santana lopes - com quem se cumpliciou - para o assalto final ao partido da Lapa.
De modo que esta conduta, politicamente execrável (mas inaceitável), pode ter ramificações no poder local, mormente na capital onde se jogam destinos políticos maiores, sobretudo para um psd nacional de liderança fraca e bicéfala quanto o é a dupla encarnada por Meneses & santana.
Mas será a mesma cidade, Lisboa, a verificar-se o pior cenário, que irá cilindrar esta forma de actuação por parte dos figurantes fautores do caos que agora se prefigura. Os portugueses, e os lisboetas em particular, estão fartos destes ajustes de contas feito às suas custas, por isso não hesitarão em punir os seus fautores personificados num psd sem futuro, sem ideias, errático e desatinado.

Por seu turno, a posição política de Helena Roseta foi racional, sustentada, equilibrada, responsável e consentânea com os interesses da cidade que, neste caso, coincidem com a visão e o projecto do PS defendido pelo presidente da CML, António Costa. Não se esperava outra coisa, de resto.

Helena Roseta sustentou que não se compreende esta posição do PSD, sobretudo quando as condições do empréstimo foram negociadas em excelentes condições: com uma boa taxa de juro, com um bom spread. Manter esta situação de passivo gerada pelo PSD é insustentável, pois não se pode governar uma autarquia com mais de 7000 (sete mil) credores a baterem à porta diáriamente para verem os seus créditos liquidados. Mais uma vez, é assim na vida privada e na vida pública, só o psd, causador desse passivo, é que pensa de modo diverso.

Será caso para perguntar ao partido da Lapa de Meneses se tem algum saco-azul com que pensa gerir Lisboa...

De igual modo Mário Bettencourt Resendes, ex-director do DN, foi claro e realista, afirmando: esta dramatização do edil da capital é mais do que natural. Manter a composição daquela Assembleia Municipal seria suster - digo eu - a espada de damôcles de forma permanente sobre o Executivo, qualquer que ele fosse e, assim, ameaçar as condições da governabilidade da CML e permitir ao PSD administrar essa chantagem a conta-gotas.

É, na prática, o que este psd de Gaia está a fazer. Concertado com a Distrital (ou não)... Mas é provável que esteja, ainda que garantam o contrário, até porque Meneses é autarca (e ainda não falou), por essa razão, muito sensível às questões do Poder Local em Portugal.

Em face do exposto, a hipótese de novas eleições intercalares em Lisboa são uma forte possibilidade. E o que tiver de ser será. Mas se tal vier a ocorrer este miserável PSd coloca-se, de novo, na posição do velho estalinista PCP quando Portugal aderiu à então CEE: um partido anti-sistema, reduzido (sociológicamente) a cinzas na capital do País.